A que horas acaba a crise?
Por Joaquim Letria
A nossa relação com os economistas foi sempre estranha. Não falamos o mesmo idioma, muitas vezes não percebemos nem metade do que dizem, mas fingimos perceber tudo, abanamos o chocalho e quando alguém nos pergunta alguma coisa, comentamos filosoficamente, com um ar muito bem informado: "Isto não é fácil. E vamos ver se não piora ainda mais!” (...)
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Li nos jornais que na cadeia da PJ de Lisboa foram buscar o suposto autor de 26 assaltos a bancos para tomar conta da tesouraria e do fundo de maneio.
SOMOS UNS ANIMAIS muito curiosos. Espingardamos muitas vezes sem razão e por maus motivos, mas deixamo-nos enganar e confiamos em quem não merece a nossa confiança. Veja-se o actual fenómeno a que convencionamos dar o nome de “crise”. Deixámo-nos enganar, fomos para o matadouro sem balir, ajudámos os algozes, perdoamos a quem lhes armou a mão e fechou os olhos ao massacre e, agora, com eles a servirem-se dos nossos restos para se desenvencilharem das suas próprias confusões, vamos ainda perguntar-lhes se sabem quando é que acaba a trapalhada que criaram.A nossa relação com os economistas foi sempre estranha. Não falamos o mesmo idioma, muitas vezes não percebemos nem metade do que dizem, mas fingimos perceber tudo, abanamos o chocalho e quando alguém nos pergunta alguma coisa, comentamos filosoficamente, com um ar muito bem informado: "Isto não é fácil. E vamos ver se não piora ainda mais!” (...)
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Etiquetas: JL
1 Comments:
"A que horas acaba a crise?" Sr. Primeiro? Sr. Primeiro-Coise? Está a ouvir?
É quê? Lá para as sete,sete e meia, oito horas?
:))
Abraços
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