15.9.09

Sócrates, crise e vírus

Por Joaquim Letria

POR ISTO E POR AQUILO, circulo por aí. Graças a Deus! Ouço notícias em Espanha, vejo televisão em Londres, leio jornais em França, Itália ou Alemanha, às vezes vou aos EUA ou ao Brasil. Acontece…

Graças a estes itinerários frequentes liberto-me, e descanso, de três coisas: do Sócrates, da crise e da gripe A e seu vírus H1N1. Os respectivos meios da comunicação social não sabem o nome do nosso primeiro-ministro, não falam da gripe A e poupam-nos da crise.

Ir jantar a Madrid ou Barcelona, passar um dia em Londres ou Edimburgo, estar dois dias em Boston, São Paulo ou Berlim, mesmo em trabalho intenso, é um descanso. Não só pela qualidade do que nos é dado ver e ler, mas também pelos assuntos que se fala e discute com interessantes interlocutores.

Penso que têm ministros ou ministras das finanças, da saúde e da educação e um director-geral para lhes escarafunchar a paciência, mas não os mostram, enquanto a Ana Jorge e o Francisco George aparecem mais na nossa TV do que a Ana Zanatti e o Eládio Clímaco quando só havia RTP. E nós ficamos apreensivos com as escolas, as crianças, o Tamiflu, os laboratórios, os desinfectantes para as mãos, o sabão azul e branco, os números da pneumónica, o perigo no Outono, mais a falta de vacinas, as associações de pais e os responsáveis pelos agrupamentos de escolas. Claro que fugimos para a crise, para nos distrairmos! Depois desta seca, só falta apanharmos a gripe!

«24 horas» de 15 de Setembro de 2009

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2 Comments:

Blogger Luís Bonito said...

Concordo inteiramente.
E é para não falar no futebol. Também nesse tema há muitas diferenças nos jornais e televisão, aqui na Alemanha. Pela minha parte penso que essa atitude depois também se reflecte nos resultados: futebol de ataque com muitos golos e estádios cheios.

15 de setembro de 2009 às 10:07  
Blogger R. da Cunha said...

O Joaquim lava sempre as mãos após utilizar o computador? Pois deve. E costuma ir ao supermercado e empurrar o carrinho das compras? Cuidado! Segundo um e-mail que recebi, a pega de tais carrinhos é o local mais perigoso par colocar as nãos. Evite os carrinhos dos supermercados. Se não puder evitar, leve consigo um frasco de álcool e enxague as mãos logo que se defizer cdo carrinho. E jornais, lê? Cuidado! Quantas mãos já mexeram na capa? Só deve ler com luvas (nas mãos, não nos olhos, claro).

15 de setembro de 2009 às 18:04  

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