Boa Sorte, Zé Carlos!

Por Joaquim Letria

ÀS VEZES SOU MUITO FELIZ aqui, nesta página traseira de jornalzinho. Por pessoas que encontro, por gente muito bonita perdida nesta multidão que desconheço. Mas às vezes acontece, quando eu menos estou à espera.

Por exemplo, no domingo passado, o José Carlos Malato marejou-me os olhos de ternura com a sua magnífica crónica. Antes de mais, deixem-me dizer que gosto muito do Malato, da sua personalidade, da sua cultura, do seu sentido de humor, do orgulho com que se proclama alentejano, do carinho com que nos apresenta a família e da naturalidade com que nos fala dos seus animais, do à-vontade com que nos diz quanto pesa e da dignidade com que veste o seu traje de pastor de almas, as quais anima com graça própria e profissionalismo ímpar.

Malato gosta dos pais, da irmã, da sobrinha, dos vizinhos, do burro, do cavalo e da égua que o Bastinhas lhe ofereceu, dos cães e das ovelhas. No domingo passado, Malato falou-nos dum homem autêntico que conheceu e o conquistou: Jerónimo de Sousa. E deu-nos conta de ser mandatário dos seus amigos que em Monforte concorrem pela CDU e mostrou-nos a sua surpresa ao descobrir homens bons e verdadeiros, na política.

No domingo passado, fui muito feliz aqui, como diz o Malato. Graças a ele próprio. Boa sorte para este domingo, Zé Carlos!

P.S.- Não quero esquecer uma paixão que partilho com o Malato. Ambos temos um enorme fraquinho pela Merche!

«24 Horas» de 9 de Outubro de 2009