Convicções
Por Joaquim Letria
OS GRANDES JORNAIS AMERICANOS estão a cair nas vendas, na leitura e no interesse dos leitores. A principal razão para esta realidade é a confusão na cabeça de muitos jornalistas nesta fase de transição.
Para se ter uma ideia do que se passa, basta dizer que Raju Narisetti, editor do Washington Post, escreveu na sua conta pessoal do “twitter” para os seus 90 amigos que “podemos dar-nos ao luxo de todo o tipo de défices federais no que toca à guerra, mas temos de prometer não aumentar o défice em mais um milhão para a reforma da saúde? É triste.”
O provedor caiu-lhe em cima e o director estabeleceu: "Regra n.º 1: Devemos sempre lembrar-nos que os jornalistas do Washington Post são sempre jornalistas do Washington Post e têm de saber abdicar dos seus privilégios de cidadãos”.
O New York Times já pertence a esta categoria de jornais assépticos. Segue-se-lhes o Los Angeles Times e outros jornais que até recentemente tiveram expressão mundial e que hoje se mostram espantados com a fuga dos leitores.
Felizmente que há publicações como o grupo da revista Statepress, do Arizona, que não pensa nem se comporta assim. "As convicções nascem da educação, das experiências, não das redes sociais. E os jornalistas são pessoas, não podem apagar essas convicções. O objectivo é ser o mais imparcial possível. Mas é tontice pensar-se que todas as convicções podem ser apagadas no trabalho jornalístico” declarou o conselho de editores da Statepress. Da próxima vez que for aos Estados Unidos tenho de ir a Phoenix conversar com esta boa gente.
OS GRANDES JORNAIS AMERICANOS estão a cair nas vendas, na leitura e no interesse dos leitores. A principal razão para esta realidade é a confusão na cabeça de muitos jornalistas nesta fase de transição.
Para se ter uma ideia do que se passa, basta dizer que Raju Narisetti, editor do Washington Post, escreveu na sua conta pessoal do “twitter” para os seus 90 amigos que “podemos dar-nos ao luxo de todo o tipo de défices federais no que toca à guerra, mas temos de prometer não aumentar o défice em mais um milhão para a reforma da saúde? É triste.”
O provedor caiu-lhe em cima e o director estabeleceu: "Regra n.º 1: Devemos sempre lembrar-nos que os jornalistas do Washington Post são sempre jornalistas do Washington Post e têm de saber abdicar dos seus privilégios de cidadãos”.
O New York Times já pertence a esta categoria de jornais assépticos. Segue-se-lhes o Los Angeles Times e outros jornais que até recentemente tiveram expressão mundial e que hoje se mostram espantados com a fuga dos leitores.
Felizmente que há publicações como o grupo da revista Statepress, do Arizona, que não pensa nem se comporta assim. "As convicções nascem da educação, das experiências, não das redes sociais. E os jornalistas são pessoas, não podem apagar essas convicções. O objectivo é ser o mais imparcial possível. Mas é tontice pensar-se que todas as convicções podem ser apagadas no trabalho jornalístico” declarou o conselho de editores da Statepress. Da próxima vez que for aos Estados Unidos tenho de ir a Phoenix conversar com esta boa gente.
«24 horas» de 8 de Outubro de 2009
Etiquetas: JL
1 Comments:
Para mais razões ligadas à queda de vendas dos jornais, aconselho uma bela reflexão de Paul Starr, publicada no «The New Republic» (http://www.tnr.com/article/goodbye-the-age-newspapers-hello-new-era-corruption#) e também publicada na Courrier Internacional - versão portuguesa.
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