7.10.09

Malandros e Serafins

Por Baptista-Bastos

QUAL O PODER DA PALAVRA, numa época não propícia ao prazer da sua fruição? Nenhum. Nota-se que a maioria dos políticos alimenta um conflito insanável com os livros. Como não lê, não sabe escrever e pensa com desmedida dose de preguiça. Se é que pensa. Os discursos proferidos após as eleições legislativas foram tão vazios de sentido quanto de conteúdo. Para consolar um pouco a nação dos desgostos, veio o dr. Cavaco saudar o 99.º aniversário da República invocando a moral política e a ética que se lhe associa. Uma fraca peça de retórica. No entanto, comentadores houve que escabicharam o débil texto, dele extraindo sibilinos avisos a Sócrates e ao próximo Governo. E como o secretário--geral do PS comemorou o aniversário da implantação da República na Câmara Municipal, e o Chefe do Estado no palácio de Belém, logo os comentadores rasparam a notória inutilidade do facto para fazerem o apostolado da intriga. "Ele largou umas farpas ao Cavaco, reparaste?" (...)

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