21.10.09

Uma solução 'equilibrada'

A PROIBIÇÃO do uso de animais amestrados nos circos portugueses fez-me lembrar a anedota do jovem que, tendo acabado os seus estudos universitários, se viu irremediavelmente lançado no desemprego.

A certa altura, e já em desespero de causa, lembrou-se de procurar trabalho num circo, onde o empresário lhe disse que, por acaso, estava vago o lugar do equilibrista no arame. E ele lá aceitou, acabando por aprender a difícil arte, após praticar intensivamente, com inúmeras quedas à mistura.
Porém, quando já se sentia apto a actuar em público, foi confrontado com nova surpresa:
entusiasmado com os seus progressos, o empresário introduzira uma exigência: o número teria de ser feito por cima de um grupo de leões esfaimados!

Aterrado com a ideia, mas vendo-se sem escolha possível, o infeliz licenciado fez das tripas coração e aceitou mais esse desafio. Contudo, no dia da estreia, o nervosismo venceu-o a meio do trajecto... e acabou por cair, redondo e com grande estrépito, bem no meio das feras!

E estava já ele, de olhos fechados, a encomendar a alma ao Criador, quando um dos leões se aproximou de mansinho e lhe sussurrou ao ouvido:

- Não tenhas medo, pá, que isto é tudo colegas de curso!