Feliz Década Nova
Por João Duque
HÁ UMA MANIA, ERRADA, de considerar que as décadas se iniciam no dia 1 de Janeiro de um ano de último dígito 0. Ah, porque é que é errado? Porque não havendo ano zero, a primeira década terá começado no dia 1 de Janeiro do ano 1 e acabado no dia 31 de Dezembro do ano 10. E por aí adiante… Mas porque todos insistem nessa ideia, desisto, e vou eu próprio alimentá-la falando da Nova Década.
Sabemos como Portugal está. Se todos percebemos, se tivéssemos juízo, ou nos íamos embora deixando o país só, com as suas dívidas para que os credores o viessem pilhar levando o que entendessem, ou atacávamos os problemas de frente e tomávamos decisões corajosas: baixávamos salários (como os irlandeses), aumentávamos impostos (como os Gregos), atrasávamos a data para a reforma ou reduzíamos o seu valor (ou ambas as coisas – como os Britânicos), reduzíamos os benefícios de ordem social, etc., etc., etc. Mas, isso, ninguém quer e por isso ninguém vai ter coragem de fazer nem de propor em eleições que queira seriamente vencer… (...)
Texto integral [aqui]HÁ UMA MANIA, ERRADA, de considerar que as décadas se iniciam no dia 1 de Janeiro de um ano de último dígito 0. Ah, porque é que é errado? Porque não havendo ano zero, a primeira década terá começado no dia 1 de Janeiro do ano 1 e acabado no dia 31 de Dezembro do ano 10. E por aí adiante… Mas porque todos insistem nessa ideia, desisto, e vou eu próprio alimentá-la falando da Nova Década.
Sabemos como Portugal está. Se todos percebemos, se tivéssemos juízo, ou nos íamos embora deixando o país só, com as suas dívidas para que os credores o viessem pilhar levando o que entendessem, ou atacávamos os problemas de frente e tomávamos decisões corajosas: baixávamos salários (como os irlandeses), aumentávamos impostos (como os Gregos), atrasávamos a data para a reforma ou reduzíamos o seu valor (ou ambas as coisas – como os Britânicos), reduzíamos os benefícios de ordem social, etc., etc., etc. Mas, isso, ninguém quer e por isso ninguém vai ter coragem de fazer nem de propor em eleições que queira seriamente vencer… (...)
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2 Comments:
Se todos tivéssemos juízo tomaríamos medidas tão radicais quanto necessárias para atacar a crise: afastar de uma vez por todas da condução política, económica e financeira do país os senhores como João Duque, cujas "receitas" nos conduziram à crise que atravessamos, sem que eles próprios tivessem sido por ela beliscados - ao contrário da maioria das pessoas que trabalha (ou que está desempregada).
A confusão existe, porque não tendo havido realmente ano zero, o calendário gregoriano (1582) que utilizamos para contar o tempo, contém em si esse ano zero. Ele baseia-se na suposta data de nascimento de um homem e não no ínicio dos tempos.
No dia do nosso aniversário, nós dizemos que "fazemos anos", mas (a língua portuguesa é muito traiçoeira) deviamos dizer, como os espanhóis o fazem, que "completamos mais um ano".
Repare que no dia em que "fez" um ano, completou o seu primeiro ano de vida. No ano seguinte completou o segundo e quando "fez" 10 anos, completou dez anos de vida, isto é, completou uma década! O dia imediatamente seguinte, é o primeiro dia do seu 11º ano e no dia em que "faz" 11 anos completou o 1º ano da sua segunda década.
Espero ter contribuído para que fale da nova década com mais convicção :-)
Um abraço
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