Pasquins sem memória
Por Joaquim Letria
HÁ UNS 42 ANOS devo ter ficado mais contente do que o Saramago quando ganhou o Nobel, ao ver, pela primeira vez, o meu nome a assinar uma história no New York Times.
Lembro-me bem: era sobre os bombeiros portugueses, tinha uma fotografia do João Ribeiro que mostrava os capacetes reluzentes dos soldados da paz a carregarem um andor numa procissão e o título era: ”Portuguese Firemen are jack of all trade” (“Bombeiros portugueses são pau para toda a obra”).
Ao longo do tempo fui-me habituando a escrever e assinar histórias naquele mítico jornal. Geralmente escrevia as 700 palavras ao domingo, enquanto esperava pelos resultados dos campeonatos de futebol da Europa para enviar os resumos dos jogos em espanhol para La Prensa Associada, na América Latina.
Hoje, ao ler uma história de primeira página do NYTimes, fico a saber que os americanos temem que os iraquianos não mantenham as promessas para a reconstrução do Iraque, prejudicando o bem-estar dos iraquianos e pondo em risco a maior ajuda dos EUA desde o plano Marshall, superior a 54 biliões (milhões de milhões) de dólares para reconstruir milhares de hospitais, escolas e pontes destruídas na invasão de 2003. Como o passar dos anos mostra aos jornalistas os pasquins por onde andaram a escrever.
«24 horas» de 10 de Dezembro de 2009HÁ UNS 42 ANOS devo ter ficado mais contente do que o Saramago quando ganhou o Nobel, ao ver, pela primeira vez, o meu nome a assinar uma história no New York Times.
Lembro-me bem: era sobre os bombeiros portugueses, tinha uma fotografia do João Ribeiro que mostrava os capacetes reluzentes dos soldados da paz a carregarem um andor numa procissão e o título era: ”Portuguese Firemen are jack of all trade” (“Bombeiros portugueses são pau para toda a obra”).
Ao longo do tempo fui-me habituando a escrever e assinar histórias naquele mítico jornal. Geralmente escrevia as 700 palavras ao domingo, enquanto esperava pelos resultados dos campeonatos de futebol da Europa para enviar os resumos dos jogos em espanhol para La Prensa Associada, na América Latina.
Hoje, ao ler uma história de primeira página do NYTimes, fico a saber que os americanos temem que os iraquianos não mantenham as promessas para a reconstrução do Iraque, prejudicando o bem-estar dos iraquianos e pondo em risco a maior ajuda dos EUA desde o plano Marshall, superior a 54 biliões (milhões de milhões) de dólares para reconstruir milhares de hospitais, escolas e pontes destruídas na invasão de 2003. Como o passar dos anos mostra aos jornalistas os pasquins por onde andaram a escrever.
Etiquetas: JL
1 Comments:
54 biliões (milhões de milhões)?
Estou desconfiado que não há tanto dinheiro no mundo.
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