12.1.10

Alguém sabe porque é que esta a ambulância (por sinal em marcha de urgência) pretende sair da faixa BUS? A resposta pode ser vista [aqui]

9 Comments:

Blogger lino said...

Cheira-me a que a faixa deve estar pejada de viaturas particulares, se é que alguém não resolveu fazer dela um parque de estacionamento.
Um abraço

12 de janeiro de 2010 às 18:44  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Ver o link que acabei de afixar

12 de janeiro de 2010 às 19:28  
Blogger Ribas said...

Caro Medina Ribeiro,
Estas infracções têm um efeito duplamente perverso.
Primeiro, porque as pessoas que ocupam este tipo de vias e que atrasam o socorro dos carros prioritários, muitas vezes, são depois as primeiras a criticar o atraso que em outras ocasiões, foram elas a provocar.
Segundo, porque leva, a que as pessoas cumpridoras, com toda a justiça, se interroguem, onde pára a polícia? O que, a meu ver é uma tremenda injustiça, se tivermos em consideração, precisamente, o reduzido efectivo e a escassez de meios policiais, para uma cidade gigantesca, que abarrota de carros e onde, infelizmente, o civismo, não é nota predominante. A polícia, não é, nem deve ser omnipresente, porque isso significaria que teríamos de pagar ainda mais.
As responsabilidades também são dos condutores infractores e das políticas erradas que permitiram que a cidade chegasse a este estado.

12 de janeiro de 2010 às 20:49  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

O trabalho de um polícia de trânsito, numa cidade como Lisboa, paga-se por si próprio - e ainda sobra muito dinheiro!

Uma única multa aplicada a uma carro (na faixa BUS ou numa passadeira de peões) é mais do que aquilo que ganha, por dia, um agente da polícia.

Mesmo que assim não fosse, há locais prioritários de actuação. E a fluidez dos transportes públicos (faixas BUS e paragens) devia estar à frente de outras coisas.

Já agora: Lisboa tem 640 agentes da Divisão de Trânsito da PSP.
Onde é que andam? Andam a acompanhar obras!

E as centenas de agentes, que faltam nas ruas, e aparecem, como que por milagre, a escoltar as claques de futebol nos "jogos de alto risco" (como eles gostam de lhes chamar, porventura para justificar o trabalho).

13 de janeiro de 2010 às 09:34  
Blogger Ribas said...

Se a polícia ficasse com o dinheiro das infracções, era auto-suficiente e teria com certeza todos os meios e mais alguns para realizar o seu trabalho, para além de pagar os seus próprios ordenados e de isso servir de factor de motivação. Bastava até uma percentagem, porque, eu não tenho dúvidas de que a polícia dá lucro. Sabia que há multas de 500 euros e não é só no trânsito? Se por exemplo der um tiro com uma arma de ar comprimido fora dos locais a esse fim destinados, são 500 euros. Eu sei, porque conheço alguém que levou uma dessas e ainda ficou sem a espingarda que fora herdada do seu falecido avô.
Nas obras e até nas mudanças com aqueles elevadores gigantes é obrigatório por lei a presença da polícia, mas esse serviço é pago como serviço particular e é feito por polícias que não estão na sua hora de serviço. Assim como os eventos artísticos e desportivos, onde o número de polícias é determinado pelo número esperado de adeptos numa proporção que desconheço, mas obrigatório por lei e é feito por polícias que não estão de serviço.
Sinceramente, só me custa é ver sempre ou quase sempre, os grandes senhores com responsabilidades nestas matérias (ordenamento do território, parques, acessibilidades, etc.), a ganhar grandes ordenados, grandes regalias, abrigados nos seus gabinetes luxuosos e rodeados de assessores bem remunerados, a salvo das críticas, porque não são a face visível do problema. E em quanto criticarmos a tromba e não atacarmos o elefante completo, o problema não se vai resolver, porque eles é que o podem resolver.

13 de janeiro de 2010 às 17:01  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Os estados nasceram porque os povos sentiram a necessidade de se organizarem para resolverem algumas necessidades, das quais as primeiras foram a Justiça e a Segurança (incluindo Defesa e Policiamento).

Vieram, depois, outras actividades, mas a imposição da Lei sempre foi considerada fundamental para que as sociedades pudessem subsistir.

É por isso que causa grande perturbação social quando vemos que a Justiça não funciona, ou quando as forças da ordem se encontram menos armadas do que os criminosos.
Ou (como é o caso do referido neste post) quando vemos que largas centenas de polícias e fiscais (PM, PSP, emel) não consegue executar eficazmente funções tão simples (e básicas) como garantir a fluidez dos transportes públicos.

Não tem grande cabimento discutir se a actividade policial dá lucro ou prejuízo (ninguém põe essa questão na administração da Justiça, da Saúde, p. ex). Mas, caricatamente, a polícia de trânsito até podia ser rentável (em termos de contas do Estado, em geral): só aqui na minha rua, estou a ver da janela multas por cobrar que davam para equilibrar o défice! Mas, como está chuva, ninguém as vai buscar...

13 de janeiro de 2010 às 18:01  
Blogger Ribas said...

O parlamento tem cento e muitos deputados, aos quais se somam umas centenas de secretários de estado e mais outros tantos assessores, fora um ror de secretárias e funcionários. E o país não teve a maior taxa de desemprego de sempre? As contas públicas não estão desastrosas com empresas de rating a aumentar o juro da nossa dívida e o FMI a sobrevoar a carniça?
Os lixeiros não passam todos os dias a recolher o lixo. No entanto, continua a haver lixo por todos os lados, teríamos de ter um lixeiro por cada porco que atira lixo para o chão.
Com a alteração das regras para a carta de condução, que vai passar a ser por pontos, foram 6,5 MILHÕES de multas para o lixo. Ora fazendo a média pelo mínimo que são 30 euros, veja-se os milhões de euros em multas que os polícias passaram e que agora vão direitinhas para o lixo.
Até os polícias devem estar chateados com estas políticas.

13 de janeiro de 2010 às 18:26  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Quando os apanho a jeito (e vejo que são pacholas), converso com os agentes.

E sei que ficam MUITO frustrados (evidentemente!) com as sucessivas prescrições.
Têm imenso trabalho a multar (uma única multa pode demorar mais de 15 minutos a passar, só na rua!), e depois o freguês não paga.

Sucede o mesmo com a EMEL: só paga quem quer, porque a empresa não tem processos de cobrar (a menos que haja bloqueio ou reboque).

Mais ainda: depois de multar, o mesmo carro aparece, pouco depois, no mesmo sítio outra vez...

Os agentes sentem-se pouco apoiados e desautorizados. A ideia que fica (neles e em mim) é que o legislador não está realmente interessado em resolver o problema.

13 de janeiro de 2010 às 18:35  
Blogger Ribas said...

Concordo consigo plenamente.
Um abraço.
Ribas.

13 de janeiro de 2010 às 18:56  

Enviar um comentário

<< Home