Passeio de Domingo
Por Alice Vieira
OLHOU para o espelho.
Às vezes pensava no que lhe aconteceria se fosse a outra, a do tempo da infância, a que se metia pelo espelho dentro, a que se deixava cair pelo poço, a que seguia lebres e chapeleiros malucos, a que pedia “dêem-me histórias com muita loucura por dentro” .
Ela sempre gostara de histórias e de pessoas com muita loucura por dentro.
Pessoas iguais a ela.
Pessoas iguais a ele.
O risco sobre a pálpebra direita está meio esborratado, foi da pressa, claro, mas está no céu quem inventou os cottonettes, pensa, enquanto rapidamente tudo se recompõe. (...)
Texto integral [aqui]
OLHOU para o espelho.
Às vezes pensava no que lhe aconteceria se fosse a outra, a do tempo da infância, a que se metia pelo espelho dentro, a que se deixava cair pelo poço, a que seguia lebres e chapeleiros malucos, a que pedia “dêem-me histórias com muita loucura por dentro” .
Ela sempre gostara de histórias e de pessoas com muita loucura por dentro.
Pessoas iguais a ela.
Pessoas iguais a ele.
O risco sobre a pálpebra direita está meio esborratado, foi da pressa, claro, mas está no céu quem inventou os cottonettes, pensa, enquanto rapidamente tudo se recompõe. (...)
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