Privatizar os CTT?
Por João Duque
NA MINHA INFÂNCIA a figura do “cavalinho” era uma imagem fortíssima no reino da comunicação em Portugal.
À porta de um qualquer posto de venda de selos, no dorso de um marco, impresso numa das mais duráveis edições de selos de correio, lá estava a imagem de um cavaleiro a tocar uma corneta enquanto montava um cavalinho a galope.
Durante décadas habituámo-nos. Era assim. A correspondência postal era "A Correspondência". Primeiro não havia telefone, mas depois, logo percebemos que, palavras, o vento as leva, e que nada há como a escrita para uma missiva, um contrato, ou uma jura, mesmo que se trate de Homem que diz que palavra sua não volta atrás... (...)
Texto integral [aqui]
NA MINHA INFÂNCIA a figura do “cavalinho” era uma imagem fortíssima no reino da comunicação em Portugal.
À porta de um qualquer posto de venda de selos, no dorso de um marco, impresso numa das mais duráveis edições de selos de correio, lá estava a imagem de um cavaleiro a tocar uma corneta enquanto montava um cavalinho a galope.
Durante décadas habituámo-nos. Era assim. A correspondência postal era "A Correspondência". Primeiro não havia telefone, mas depois, logo percebemos que, palavras, o vento as leva, e que nada há como a escrita para uma missiva, um contrato, ou uma jura, mesmo que se trate de Homem que diz que palavra sua não volta atrás... (...)
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Etiquetas: jd
10 Comments:
O final da crónica diz tudo:
O mal (em si mesmo) não é vender os CTT.
O mal é termos chegado ao ponto de ter de vender os CTT...
... como um dos últimos aneis
O cavalinho montado
num galope vigoroso,
um destino encartado
por um selo valoroso.
É do grande valor postal
em lugares apartados
que se torna fundamental
os correios acertados.
Um país bem retratado
numa transacção tão venal
de quem tem desbaratado
a riqueza nacional.
Eu salientaria um pouco mais da frase, assim:
"descobrindo até que ponto nos levaram à ruína, para termos de vender os CTT"
Porque descobrimos que somos governados por incompetentes há décadas. O mais inverosímil, ainda há muita gente que o não percebeu ou, mais grave, não quer perceber.
Este comentário foi removido pelo autor.
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Tem toda a razão, Gmaciel.
Essa apatia é tão frustrante! As pessoas falam, falam e tornam a falar ... mas não fazem nada!
Tenho uma pessoa amiga que desde sempre gostou de criticar tudo e todos. Para ela nada está certo, nunca ninguém tem razão! Mas também raramente tem uma solução e pouco faz para fazer uma diferença positiva! Não tenho mais paciência para este tipo de atitude.
Catarina, acho que o seu computador está a fazer eco.
:)
;)
E a cartinha ou o vale da reforma ainda vão chegar àquela aldeia onde residem apenas 4 ou 5 velhinhos?
A aldeia da minha mulher (Alvaiade) é na Beira Baixa.
Apesar de ser junto da A23, não tem uma farmácia, nem uma drogaria nem um posto dos CTT nem sequer uma ATM.
Tudo isso existe, sim, mas a 7 km de distância dali, em Vila Velha de Ródão.
Se agora já é assim, o que será quando a existência de correios estiver dependente do facto de as agências terem de dar lucro?
Pois está.. e para além do eco não está a digitar lá muito bem! Farta-se de cometer erros.. ou troca o feminino pela masculino, ou omite palavras.. enfim, está a precisar de reforma! : )
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