13.6.10

Curtas-Letragens - GTB

Por Miguel Viqueira

DAS COISAS QUE FAÇO com prazer é falar dele, Gonzalo Torrente Ballester, o romancista que há exactamente cem anos, nesta manhã de Santo António, nascia no vale de Serantes, a dois passos do Ferrol (Galiza), e de quem tive a sorte de ser muito amigo. E o privilégio de aprender quanto sei de algumas coisas importantes para mim.

Diz-se que os artistas não têm biografia, têm obra. E que é melhor que assim seja porque as vidinhas deles soem ser um desastre humano de proporções insuspeitas, muito em particular as dos escritores. Neste caso está longe de ser verdade: a biografia de GTB faz jus à magnitude da sua obra, não pela quantidade nem a importância dos feitos mas pela qualidade humana com que se conduziu neste mundo, comportamento que fez dele talvez o último dos cavalheiros que eu conheci, uma pessoa cabal, um ser humano completo, inteligente e divertido, de rara compaixão, um exemplo humilde de rectidão moral e de bondade não contaminada. (...)

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