14.6.10

Yes, Minister! (?)

Por Guilherme Valente

O EXEMPLO
da Finlândia é muito referido, mas poucas vezes com rigor.
Também a Senhora Ministra referiu a Finlândia na Assembleia da República.
Na Finlândia não há retenções, afirmou, parecendo querer dizer não existir essa possibilidade naquele país. E nem um deputado lhe pediu para esclarecer o que terá pretendido afirmar. Nos debates parlamentares nunca foi feita, aliás, a pergunta iluminante de toda questão da educação: em que tipo de sociedade quer o «eduquês» obrigar os Portugueses a viverem?
Na Finlândia existe a possibilidade de retenção. Mas o objectivo e a qualidade do ensino; a preparação dos professores e o reconhecimento da sua função inestimável; as regras, a direcção e o ambiente nas escolas; a responsabilidade exigida aos pais; a exigência desde o primeiro dia de aulas, reduzem as retenções a uma percentagem residual. (...)

Texto integral [aqui]

NOTA (CMR): uma outra crónica do mesmo autor («Resposta com esperança...», no seguimento de um comentário de um leitor do De Rerum Natura) pode ser lida [aqui].

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2 Comments:

Blogger GMaciel said...

As teias do ministério da educação (em minúsculas mesmo, não é erro) vão para mais além. O campo é minado desde os manuais escolares até aos exames e quem os faz. Em relação aos manuais, seria interessante que alguém "averiguasse" quais as editoras constantemente seleccionadas e quem, de entre os que trabalham directamente com elas, tem livros publicados garantidamente.

Mas a comunicação social também está a soldo e muitos pela mesma razão.

Não sei como sairmos disto, o que sei é que me resta muito pouca esperança de ver a morte do eduquês e dos seus mentores.

14 de junho de 2010 às 22:20  
Blogger Sepúlveda said...

Só "esquemáticos": uns interesses instalam-se e outros que podiam expô-los afinal também já padecem do mesmo mal.

É como os bancos europeus, que dependem todos uns dos outros, levando a crise da dívida a alastrar.

E isto não é orquestrado intencionalmente pelo ME na sombra das "boas intenções" do eduquês para levar os que podem a contratar educação privada em colégios?
E assim desmembra-se e talvez se poupe em mais um sector público, enquanto se enriquece uns amigos directores de escolas privadas.

15 de junho de 2010 às 11:38  

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