20.7.10

Burrice

Por João Paulo Guerra

AO CONTRÁRIO do que se passa em Portugal desde os anos 80, lá fora a aposta da Educação reside em escolas com dimensão mais humana.

Portugal, que anda em geral com trinta anos de atraso em relação aos países mais avançados, poderia tirar proveito de tal situação para reformar algumas instituições de acordo com as novas tendências, registadas lá fora em função de fracassos como de sucessos. Mas Portugal tem uma mentalidade tacanha, que herdou do velho Manholas, pequeno proprietário rural que fez do País uma horta. De maneira que desconfia das reformas e muda as instituições em função da contabilidade de mercearia. (...)

Texto integral [aqui]

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3 Comments:

Blogger GMaciel said...

Ao contrário do que se passa em Portugal, lá fora a Educação é um dos pilares do desenvolvimento da nação e da democracia.

Por cá, o eduquês transformou a aprendizagem num cozinhado estatisticamente mensurável, temperado de ignorância disfarçada de ciência educativa.

E viva nós, que seguimos quais ovelhas, cabeças murchas e moucas orelhas!

20 de julho de 2010 às 12:58  
Blogger Ribas said...

“Um estudo da Fundação Bill e Melinda Gates, citado na notícia sobre a matéria que saiu ontem no Público, conclui que a taxa de conclusão dos estudos é superior em sete pontos nas novas escolas de dimensão mais reduzida que nos velhos estabelecimentos de grande escala.”
A conclusão deste estudo não se adequa ao caso português que brilhantemente aboliu esse inconveniente da escola de grande escala ou concentrada.
Presentemente os alunos têm à partida garantido o carimbo de passagem ao ano seguinte, independentemente do desempenho obtido, logo o grau de conclusão dos estudos vai superar os países mais avançados, garantindo-nos assim uma merecida vingança contra quem sempre nos suplantou.
Assim, transformou-se a escola num mega ATL onde os pais podem depositar os seus filhos para ir trabalhar.
Agora, o país vai é ter de criar a médio prazo, um sistema de ATL para adultos inadaptados saídos dessas fábricas de horrores.

20 de julho de 2010 às 14:03  
Blogger José Batista said...

Concordo com tudo o que escrevem João P. Guerra, Graça Maciel e Ribas.
Apenas tenho dúvidas sobre se a nossa tacanhez terá origem no "velho Manholas" do século XX ou se virá do "Manholas" Viriato ou de algum outro anterior a ele.
É que a coisa é demasiado arreigada...

20 de julho de 2010 às 14:44  

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