Picaria em Santarém
Por A. M. Galopim de Carvalho
Texto integral [aqui]
NUM CERTO domingo de Verão, em Almeirim, há um bom par de anos, o Manuel, um meu amigo, jornalista de profissão, o Álvaro, regente agrícola que tinha um velho Fiat 600, e o João da Farmácia resolveram ir à picaria a Santarém. Necessitando de completar a lotação e assim minimizar a colecta individual, foram desafiar o Simão, amigo de infância.
– Vamos, que hoje os picadores são do melhor que há. – insistiu o meu amigo.
O Simão hesitava. Custava-lhe sempre muito afastar-se da sua venda que nem aos domingos fechava. Dizia-se que, ao fim do dia, em vez de contar o dinheiro da caixa, o metia num saco e o pesava. E isso soube-se quando, um dia, no café, um compadre o advertiu:
– Ó Simão, olha que o teu filho vai-te à gaveta. (...)
– Vamos, que hoje os picadores são do melhor que há. – insistiu o meu amigo.
O Simão hesitava. Custava-lhe sempre muito afastar-se da sua venda que nem aos domingos fechava. Dizia-se que, ao fim do dia, em vez de contar o dinheiro da caixa, o metia num saco e o pesava. E isso soube-se quando, um dia, no café, um compadre o advertiu:
– Ó Simão, olha que o teu filho vai-te à gaveta. (...)
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1 Comments:
O filho do Simão, demonstrava evidentes sinais de competência financeira.
No texto não é mencionado o nome do rapaz... será Teixeira? dos Santos?
Seria uma enorme coincidência, não fosse o óbice de um ter nascido na Maia - Porto e o outro, em Almeirim...(?)
Lá se coloca a velha máxima... isto quando um gajo não está no sítio certo, na altura certa... perde a boleia no fiat 600...
;)))))
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