13.7.10

Computadores no ensino

Por Nuno Crato

TIRAR CONCLUSÕES fiáveis sobre as causas de fenómenos sociais é notoriamente difícil. O físico Richard Feynman salientava a dificuldade com que os físicos tiram conclusões a partir de estudos muito rigorosos, feitos por dezenas de cientistas e nas mais variadas condições laboratoriais. E contrastava essa dificuldade com o desembaraço com que alguns sociólogos parecem tirar conclusões a partir de dados vagos e controversos. «Tenho a vantagem de saber como é difícil descobrir verdadeiramente alguma coisa», dizia, «como se tem de ser cuidadoso a verificar as experiências, como é fácil errarmos e enganarmo-nos». (...)

Texto integral [aqui]

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2 Comments:

Blogger Luís Bonito said...

"Professor, então o computador não faz tudo sozinho?"...
Esta era uma pergunta frequente que me faziam quando leccionei a cadeira de Desenho Assistido por Computador numa faculdade.
Quase dava vontade de responder perguntando se os professores faziam falta :-)
Eram alunos de engenharia que mostravam extrema dificuldade em calcular coisas simples como um perímetro de uma circunferência. Muitas vezes desconfiei que alguns não distinguiam a diferença entre "pi erre ao quadrado" e "dois pi erre"...
Digo isto para ilustrar a importância deste artigo do professor Nuno Crato, em especial do último parágrafo.
Infelizmente há cabeças ocas que pensam que os computadores resolvem tudo, no ensino, nas firmas, na administração pública, etc. E depois esquecem o que é essencial, mormente o conhecimento (no ensino) e a utilização de processos adequados (nas empresas e no aparelho do Estado).

13 de julho de 2010 às 19:48  
Blogger Sepúlveda said...

Contrastando com outras assembleias, a nossa AR está cheia de computadores que não sei quanto terão custado. Imagino que os nossos deputados trabalhem muito melhor devido a eles.
Ou então, estarão só mais a par das últimas novidades dos seus contactos no Facebook?

14 de julho de 2010 às 13:39  

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