Ratos
Por João Paulo Guerra
A JUSTIÇA portuguesa é uma fecunda montanha parideira de ratos. Os processos prolongam-se no tempo, desenvolvem-se e desdobram-se, avolumam-se, incham, engrossam e, chegado o fim da gestação, saem ratos, correntezas de ratos.
Em alguma fase não identificada da gestação, os autos, os termos, os requisitórios, as pronúncias, as diligências, as precatórias transformam-se em ratos. Chegada a hora, os portugueses correm alvoroçados para a sala de espera dos tribunais, à espera da boa nova. «Nasceu. É uma menina e chama-se Justiça». Nada disso. Apenas mais uma paridela de ratos. (...)
Texto integral [aqui]A JUSTIÇA portuguesa é uma fecunda montanha parideira de ratos. Os processos prolongam-se no tempo, desenvolvem-se e desdobram-se, avolumam-se, incham, engrossam e, chegado o fim da gestação, saem ratos, correntezas de ratos.
Em alguma fase não identificada da gestação, os autos, os termos, os requisitórios, as pronúncias, as diligências, as precatórias transformam-se em ratos. Chegada a hora, os portugueses correm alvoroçados para a sala de espera dos tribunais, à espera da boa nova. «Nasceu. É uma menina e chama-se Justiça». Nada disso. Apenas mais uma paridela de ratos. (...)
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1 Comments:
Não ha direito a reclamação... até porque ninguem se incomoda em fazer uma revoluçã. Talvez porque a que está em vigor, não tenha ainda prescrevido.
Ora... xa cá fazer contas... 1974 mais 40 anos, dá... ora tal e tal, noves fora... dá 2014. Ainda vamos ter de aguentar mais 4 anecos, depois, logo se verá.
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