21.9.10

Bingo!

Por Rui Tavares

LÁSTIMA é que, quando num dia futuro se fizer a história das presidenciais de 2011, vá passar despercebido o vigoroso momento de viragem que foi a passada sexta-feira. Efetivamente, foi nesse 10 de Setembro de 2010 que ocorreu a publicação de uma crónica de Vasco Pulido Valente em que este profetizava que “Alegre vai a caminho do desastre e não percebeu”.

Deveria até ser alcandorado a tradição eleitoral, no mesmo patamar das straw polls das aldeias do Maine nos EUA ou das previsões do polvo Paul na Alemanha, o impreterível facto de que em Portugal nunca nenhuma vitória eleitoral, — em verdade, nunca nenhum facto político —, se pôde dar sem que o Vasco Pulido Valente que todos conhecemos e amamos não lhe prognosticado a sua evidente impossibilidade. Manuel Alegre tem ainda muito caminho para percorrer; mas pode já respirar de alívio por saber que este primeiro escolho lhe foi removido. (...)
Texto integral [aqui]

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4 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Rui Tavares faz humor com as afirmações de V. P. Valente (segundo o qual Manuel Alegre vai a caminho do desastre eleitoral e ainda não percebeu), mas eu acho que, pelo caminho que "a coisa" leva, é mesmo isso que vai suceder.
E digo-o com o à-vontade de quem votou nele em 2006...

21 de setembro de 2010 às 17:14  
Blogger GMaciel said...

CMR, penso mesmo que o único que ainda não percebeu isso foi Manuel Alegre.

E digo-o com o à-vontade de quem nunca votou nem pensa votar nele, tampouco no Cavaco.

:)

21 de setembro de 2010 às 18:12  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Quando as pessoas se "enfronham" muito na política (nomeadamente na actividade partidária), é fácil perder o contacto com a realidade - nomeadamente com o que pensa o cidadão-comum.
Isso traduz-se, invariavelmente, por confundir os desejos com a realidade, sendo bem possível que R.T. esteja mesmo convencido da futura vitória de M.A.

Mas as ilusões também ajudam a viver...

21 de setembro de 2010 às 19:37  
Blogger José Batista said...

Um noite destas tive um sonho desagradável: estava-se na noite de eleições presidenciais e, à saída de uma mesa de voto, José Sócrates sorria para as câmaras de televisão e colocava a tampa na caneta com que havia feito a cruzinha. Depois a imagem passava para Manuel Alegre, que, regressado também ele da sua secção de voto, fazia um sinal de cortesia optimista para os jornalistas. Ao fim da noite, contados e recontados os votos, Manuel Alegre só tinha um voto. Nas pantalhas da TV, os analistas faziam elucubrações sobre o real sentido de voto de cada uma daquelas personalidades...
Com grande desconforto acordei, belisquei-me, e disse para comigo: é apenas (mais um) pesadelo...

21 de setembro de 2010 às 22:38  

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