7.9.10

Estrelas cintilantes

Por Nuno Crato

Nestas duas imagens compara-se a mesma região do céu fotografado sem óptica adaptativa (à esquerda) e com o novo sistema (à direita). Não só a imagem aparece muito mais nítida, como é possível visualizar estrelas que originalmente não apareciam (Crédito: M. Hart)
.
NO ÁLBUM de Hergé “Explorando a Lua”, o jovem repórter Tintim surpreende-se quando desembarca no nosso satélite e vê um céu negro e uma multidão de pontos luminosos fixos. O céu aparecia-lhe muito diferente do que conhecia sobre a Terra. Não só o fundo estava mais escuro, como as estrelas não cintilavam. Assim acontece na Lua, como os astronautas que nela posteriormente estiveram confirmaram. Hergé sabia-o, apesar de na altura em que concebeu e desenhou a viagem de Tintim e dos seus companheiros, nenhum ser humano ter ainda pisado o nosso satélite. Sabia-o porque os físicos e os astrónomos conheciam bem os efeitos na atmosfera terrestre na visualização dos astros. Mesmo sem sair da Terra, era possível prever como seriam vistas as estrelas sobre a Lua. (...)

Texto integral [aqui]

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6 Comments:

Blogger Ribas said...

Espectáculo!

7 de setembro de 2010 às 19:14  
Blogger eduardo said...

simplesmente brilhante, a descoberta, o texto, e as verdades científicas do Timtim;
é, então, a muito maior proximidade dos planetas do nosso sistema solar que explica que a luz que deles nos chega (dos que são visíveis a olho nu) não cintile?
cumprimentos;

8 de setembro de 2010 às 18:41  
Blogger José Batista said...

Eu também gostava de conhecer a resposta à pergunda de Eduardo.

9 de setembro de 2010 às 22:23  
Blogger Nuno Crato said...

Meus caros, fico contente com o interesse no problema. A razão por que os planetas não cintilam é que estes se apresentam com um tamanho aparente muito maior. Se os nossos olhos não ficassem ofuscados com o contraste do brilho contra um fundo negro, vê-los-íamos (pelo menos Vénus, Marte, Júpiter,Saturno) como pequenos discos e não, como acontece com as estrelas, como pontos de luz. Sendo assim, um raio luminoso que oscila devido à turbulência é compensado por outro, e vemos sempre luz provinda da mesma direcção.
Não é exactamente uma questão de proximidade (por vezes vemos luzes de iluminação artificial tremeluzirem ao longe), mas sim de o tamanho aparente resultar maior dada tanto a distância como a dimensão.

10 de setembro de 2010 às 09:23  
Blogger José Batista said...

Muito obrigado.

10 de setembro de 2010 às 17:07  
Blogger eduardo said...

secundo José Batista nos agradecimentos;

e ouso registar a honra de ter podido, desta forma indirecta, ter "estado à conversa" com tão ilustre pensador;

11 de setembro de 2010 às 14:58  

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