5.1.11

Da inépcia como virtude

Por Baptista-Bastos

DEVO confessar, à puridade, um desejo modesto, porém ardente: gostava de que o Presidente fosse um homem culto, lido, cordial e descontraído. Não o é. E o meu recatado desgosto consiste no facto de ele desencadear, com as deficiências culturais e aleijões de carácter que demonstra, um generalizado reflexo condicionado. Os dez anos que levou de primeiro-ministro constituíram um cerco e o esmagamento das desenvolturas e das exaltações que o 25 de Abril nos tinha proporcionado. O País cedeu ao mito do político severo, austero, hirto e denso. E admitiu, como sua, a imagem brunida que ele expunha. Um chato. Mas um chato perigoso por aquilo que representa. (...)

Texto integral [aqui]

Etiquetas:

1 Comments:

Blogger Unknown said...

De acordo quase total, com uma ressalva apenas: o homem consegue ser pior do que o Baptisya-Bastos escreve.

5 de janeiro de 2011 às 17:27  

Enviar um comentário

<< Home