Uma questão de coimas
Por Alice Vieira
O MUNDO está louco. (Isto por acaso soava melhor se fosse “tá”, mas o acordo ortográfico, que transformou todos os “espectadores” em “espetadores”, ainda não chegou a tanto).
Claro que há as grandes, as enormes, as desvairadas loucuras, que implicam sangue e mortos e massacres, com as pessoas a tentarem sobreviver, sabe-se lá como, e a tentarem fugir, sabe-se lá para onde.
Mas depois há aquelas loucuras pequeninas, quase nem se dá por elas, começam devagarinho, uma pequena notícia num dia e no outro já se esqueceu, que o pessoal tem mais que fazer.
Então parece que pelos Açores há quem proponha castigar os pais que não acompanhem os filhos nos estudos.
Mas castigar mesmo.
Com multas e perdas de direitos sociais. (...)
Texto integral [aqui]
O MUNDO está louco. (Isto por acaso soava melhor se fosse “tá”, mas o acordo ortográfico, que transformou todos os “espectadores” em “espetadores”, ainda não chegou a tanto).
Claro que há as grandes, as enormes, as desvairadas loucuras, que implicam sangue e mortos e massacres, com as pessoas a tentarem sobreviver, sabe-se lá como, e a tentarem fugir, sabe-se lá para onde.
Mas depois há aquelas loucuras pequeninas, quase nem se dá por elas, começam devagarinho, uma pequena notícia num dia e no outro já se esqueceu, que o pessoal tem mais que fazer.
Então parece que pelos Açores há quem proponha castigar os pais que não acompanhem os filhos nos estudos.
Mas castigar mesmo.
Com multas e perdas de direitos sociais. (...)
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Etiquetas: AV
1 Comments:
O objectivo é transformar as crianças em potênciais delatores dos pais?
Sim, é porque, se não forem as crianças a "chibar-se" (este termo "calão", também fica a dever nada a «coima» diga-se de passagem)como é que o estado vai tomar conhecimento da falta paterna?!
No entanto, quer-me parecer que a finalidade possa ser outra, quiçá mais obscura e tenebrosa. Pode ser que no final do ano, o estado e o ministério da educação, pretendam que os pais acompanhem os filhos quando prestarem provas globais. E... se o resultado for mau, como já vem sendo habitual, a Senhora Ministra Alçada, possa deduzir que os erros fossem da autoria dos pais, o que elevaria o rácio de aproveitamento escolar dos infantes... para o máximo.
E cada vez mais, pró subsídiozito da UE, o que contam são as estatísticas.
Ólarecas, se é!
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