26.3.11

Ao que chegámos…

Por Antunes Ferreira

DAS AGÊNCIAS - O jornal Financial Times ironiza esta sexta-feira com a situação portuguesa e sugere a anexação de Portugal pelo Brasil. Na coluna “Lex” é, ainda, assegurado que as maiores vantagens seriam para Portugal.

«A União Europeia considera Portugal problemático: sem governo, com alta resistência à austeridade e fraca performance económica crónica (o PIB estagnou na última década). As negociações são duras» prossegue o articulista que, depois, escreve: «Aqui está uma ideia inovadora para lidar com a situação: a anexação pelo Brasil». E faz de seguida o elenco das virtudes brasileiras: um país onde se fala português e onde o PIB tem crescido, em média, 4% ao ano na última década. (...)

Texto integral [aqui]

Etiquetas:

2 Comments:

Blogger José Batista said...

Olhem, a brincar, a brincar, se o Brasil quisesse...
Passávamos a ser assim a modos que (mais) uma favela...

26 de março de 2011 às 22:01  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Já que o tema é exactamente o mesmo, a crónica de hoje de Ferreira Fernandes, no «DN» fica aqui, em comentário:

--
O 'Financial Times' armado aos cucos

Por Ferreira Fernandes

ONTEM, um cronista do Financial Times, irónico, deu-nos uma sugestão: Portugal devia integrar-se no Brasil. Apesar de parecer ideia maluca, merece alguma atenção. Desde logo, bebe numa tradição nacional que talvez o Financial Times (FT) ignore. Já da outra vez que a Europa se quis ocupar da nossa dívida soberana, e dos nossos soberanos em geral, o Brasil foi a solução: a administração e os quadros deslocalizaram-se para lá em 1808. Demo-nos bem e, não é para nos gabarmos, o Brasil ainda se deu melhor. Diz o FT, adiantando uma reticência de Portugal se integrar, hoje, no Brasil: "Claro, a antiga potência colonial pode ressentir-se da perda de estatuto." Sim, D. Carlota Joaquina odiou e ao regressar à Europa bateu com os sapatos porque "nem uma areia do Brasil queria levar", mas essa era uma estrangeira, uma Bourbon espanhola. Mas D. Pedro ficou lá como CEO, na empresa que já tinha o tamanhão de hoje (só o estado do Acre foi depois acrescentado). E essa deslocalização foi tão bem feita que até a antiga sede ficou a ganhar: D. Pedro veio a Portugal apresentar as novas tecnologias e varreu o absolutismo. Para explicar ao FT: já há 200 anos os portugueses praticavam as vantagens da globalização. Portugal, uma província do Brasil... Hum, se eu fosse ao FT, não nos provocava com boas ideias. Para a semana, Dilma Rousseff vem cá. Se ao ir embora ela não limpar os sapatos, vou ficar com esperanças.
.
«DN» de 26 Mar 11

26 de março de 2011 às 22:20  

Enviar um comentário

<< Home