7.3.11

As Universidades em Portugal

Por Maria Filomena Mónica

O QUE TÊM em comum a Universidade de Lisboa, o Observatório Meteorológico da Ajuda e o Censo de 2011? Aparentemente nada. Vale todavia a pena olhar mais de perto. A propósito do Centenário daquela Universidade, o Reitor organizou uma série de «Cem Lições» proferidas por ex-alunos. Composta por meia dúzia de gatos-pingados, entre os quais me encontrava, a assistência revelou o óbvio: em Portugal, não existem Universidades.
Há alguns meses, um médico ordenou-me que andasse 40 minutos por dia. Comecei pela Tapada da Ajuda. Uma vez ali, deparei-me com o Observatório Meteorológico mandado construir, na década de 1850, por D. Pedro V. Faz este mês 150 anos que a primeira pedra foi por ele lançada. Apesar de o interior conter, ao que me dizem, um conjunto fascinante de instrumentos, não pode ser visto. Por outro lado, a beleza do edifício neo-clássico tão pouco estimulou o restauro. Perguntei a quem pertencia. A resposta deixou-me estupefacta: à Universidade de Lisboa. (...)

Texto integral [aqui]

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6 Comments:

Blogger José Batista said...

Ora, aqui está um olhar muito lúcido sobre o que são e como estão as nossas universidades.
Precisamos quem diga outro tanto sobre a maluqueira em que se transformou o ensino primário, o "menos primário" e o "secundário" (em sentido literal). Ou que a Mª Filomena Mónica insista (insista, insista...) no muito e bem que sobre o assunto já disse.
E fique a saber que me atrevi a escrever algures que, se dependesse de mim, havia de se obrigar (porque suplicar não fazia efeito...) Maria Filomena Mónica a pegar naquele vespeiro que é o ministério da educação.
E não é por acreditar em mulheres providenciais (já nos bastam os homens que assim se julgaram...), nem por lhe querer mal.
Mas gosto de si. Pronto.

7 de março de 2011 às 23:22  
Blogger Táxi Pluvioso said...

Claro que não há, os professores são uns artolas convencidos de ciência, e os alunos, enfim, é a continuação do liceu.

9 de março de 2011 às 08:36  
Blogger P Amorim said...

O Observatório não é Meteorológico é Astronómico, é diferente.

9 de março de 2011 às 14:43  
Blogger Maria Filomena Mónica said...

José Batista

De facto, para ir para o Ministério da Educação só mesmo à força. Por estranho que pareça, o poder não me atrai. Nem tenho as qualidades que o cargo exige.

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PAmorim

Tem toda a razão. A idade prega-nos cada uma. Claro que sabia que era Astronómico. Mea culpa. A queixa quanto ao desleixo do património nacional mantém-se

9 de março de 2011 às 18:52  
Blogger José Batista said...

Maria Filomena Mónica:
Estou em crer que as poucas pessoas que poderiam desempenhar bem certos cargos no país não os aceitariam de nenhum modo. E é pena, porque os que estão sempre disponíveis (e ávidos) conduzem-nos às (mais diversas) situações, que todos conhecemos/sofremos...
Deixe ainda que lhe diga: a maior (e mais nobre e mais bela) das qualidades é ter pensamento recto e a hombridade de afirmá-lo.
Obrigado por ter respondido ao meu comentário.
Nem calcula, as felicidades que lhe desejo, por "interesseirismo", devo confessar. É que eu quero, quero muito, que continue a escrever, escrever, escrever...

9 de março de 2011 às 22:01  
Anonymous Anónimo said...

Ai Filomena...

13 de março de 2011 às 01:03  

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