Eles não querem isto
Por Baptista-Bastos
TREZENTAS mil pessoas a manifestar-se nas ruas do País devia suscitar alguma apreensão. O protesto dirigia-se, bem entendido, a quem nos governa. Mas, também, a quem nos vai governar e a quem nos tem governado. A noção de que algo está a dissolver--se, nos laços sociais que sedimentaram as nossas sociedades, emerge, aqui e além, com maior ou menor expressão de violência. Os portugueses que desfilaram, representando muitos mais outros, não querem "isto"; e "isto" é o sistema político-económico que se opõe à diferenciação, numa lógica que asfixia o pensamento progressista e permite as mais cruéis arbitrariedades. (...)
TREZENTAS mil pessoas a manifestar-se nas ruas do País devia suscitar alguma apreensão. O protesto dirigia-se, bem entendido, a quem nos governa. Mas, também, a quem nos vai governar e a quem nos tem governado. A noção de que algo está a dissolver--se, nos laços sociais que sedimentaram as nossas sociedades, emerge, aqui e além, com maior ou menor expressão de violência. Os portugueses que desfilaram, representando muitos mais outros, não querem "isto"; e "isto" é o sistema político-económico que se opõe à diferenciação, numa lógica que asfixia o pensamento progressista e permite as mais cruéis arbitrariedades. (...)
Texto integral [aqui]
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2 Comments:
O problema é que quando chega a hora da verdade - eleições - são sempre estes que lá ficam, com ou sem coligações.
É caso para perguntar onde fica a coerência dos actos?!
Eles não querem isto. Nós não queremos isto.
E vós, governantes, de ontem, de hoje e de amanhã, é isto que quereis?
E vós, colaboradores, militantes, simpatizantes e "aproveitantes", não estais (já) satisfeitos?
E vós/nós, votantes e abstencionistas, não encontrareis/encontraremos maneira de escolher quem nos trate com um bocadinho mais de respeito?
Temos isto porque merecemos isto?
Bolas, para isto.
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