A minha Europa e a deles
Por Maria Filomena Mónica
EM 1962, fui viver para uma ilha, a Grã-Bretanha, situada dentro ou perto da Europa. Apaixonei-me logo pela civilização europeia, de que Portugal parecia estar, há séculos, arredado. Em 1986, quando Portugal aderiu à CEE, aprovei o gesto de forma incondicional. Mas o entusiasmo não durou. Não tardei a reparar que a União Europeia produzia subsídios para os agricultores, cotas para o pescado e regras sobre lâmpadas, mas não europeus.
Nesta organização, o poder é detido pelo Conselho da Europa, um somatório de interesses nacionais, e pela Comissão, uma casta que não responde perante ninguém. Regiamente pagos, os seus funcionários querem estar bem instalados. (...)
EM 1962, fui viver para uma ilha, a Grã-Bretanha, situada dentro ou perto da Europa. Apaixonei-me logo pela civilização europeia, de que Portugal parecia estar, há séculos, arredado. Em 1986, quando Portugal aderiu à CEE, aprovei o gesto de forma incondicional. Mas o entusiasmo não durou. Não tardei a reparar que a União Europeia produzia subsídios para os agricultores, cotas para o pescado e regras sobre lâmpadas, mas não europeus.
Nesta organização, o poder é detido pelo Conselho da Europa, um somatório de interesses nacionais, e pela Comissão, uma casta que não responde perante ninguém. Regiamente pagos, os seus funcionários querem estar bem instalados. (...)
Texto integral [aqui]
Etiquetas: FM
3 Comments:
Um reparo:
No penúltimo parágrafo, a autora refere o horroroso acrónimo PIGS, iniciais dos quatro países que enumera. Actualmente, tem mais uma letra (PIIGS), pois inclui a Irlanda.
E uma curiosidade:
Por vezes, o acrónimo PIIGS aparece modificado, trocando a ordem das letras: GIPSI...
PIGS é porém o acrónimo que alguns afirmam mais adequado...
Há também quem afirme que a sigla deve ser extensiva aos políticos que (se) governam (d)a união europeia.
Enfim, um monte de sarilhos, por todas as razões... E que alguns (onde se inclui a maioria dos portugueses) estão condenados a pagar com língua de palmo.
Até agora dormimos. Agora acordámos (ou vamos acordar) sem perceber(mos) porque é que o sonho acabou...
No comentário que fiz antes, na linha última, onde escrevi "porque" devia ter escrito "por que"
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