Mas que "confiança" é essa?
EMBIRRO solenemente quando pessoas que não conheço de lado nenhum (especialmente se muito mais novas do que eu) me tratam por "você". Agora imaginem o que fico a pensar dos que, sem sequer me verem, se me dirigem tratando-me por "tu", como sucede nestes cartazes.
Os responsáveis desta "Esquerda de Confiança" devem achar que é fixe, que o tom de intimidade adoptado no seu discurso os torna mais próximos dos eleitores. Já se sabe que com alguns isso funciona. Mas, para mim, só reforça a imagem que tenho deles.
Os responsáveis desta "Esquerda de Confiança" devem achar que é fixe, que o tom de intimidade adoptado no seu discurso os torna mais próximos dos eleitores. Já se sabe que com alguns isso funciona. Mas, para mim, só reforça a imagem que tenho deles.
3 Comments:
Olhe, CMR, dê graças por não ser professor no activo (de qualquer grau de ensino), porque senão muitas vezes havia de ouvir os alunos dirigindo-se-lhe usando o termo que o incomoda:
- "Bocê", pode explicar outra vez?
E a gente, pacientemente, "explica"...
Mas, a "explicação" parece ser inútil.
Quando se trata de pessoas com pouca educação, há que "dar o desconto".
Mas eu refiro-me a casos mais chocantes, como a enfermeira das urgências ou o médico do Centro de Saúde (com idade para serem meus filhos) arrogarem-se o direito de me tratarem superiormente por "você", aproveitando-se do facto de estarem numa situação em que eu preciso deles.
Em troca, essas cavalgaduras esperam que eu as trate por "senhora enfermeira" ou "senhor Doutor", evidentemente!
Depois também temos a situação oposta, quando nos ligam de uma qualquer empresa (comunicações e bancos muitas vezes) a fazer venda de um produto, usando daquela lenga-lenga de anúncio de televisão dirigindo-se a nós com o "sr" ou "dtr", seguido do nosso primeiro e último nome, tanta vez que ouvir isso torna-se irritante.
Enviar um comentário
<< Home