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29.5.11
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5 Comments:
O que é que os cinéfilos me vão chamar quando eu confessar que saí pouco depois do intervalo... e ainda não me arrependi?
Vi o trailer no cinema e confesso que não me despertou interesse. Parece-me que seremos dois a ser apelidados de qualquer coisa que tenha a ver com falta de cultura cinéfila, não?
E eu muito preocupada com isso. :)
No que me toca, o problema tem a ver, especialmente, com o aproveitamento do tempo:
Quando se vai para velho, tem-se a noção exacta de que o tempo de vida que nos resta é finito (e cada vez mais escasso), pelo que é precioso.
Assim, sou cada vez mais exigente na aplicação do meu tempo.
Pôr de lado um livro, ou sair a meio de um filme que não me estão a agradar (e ocupar o tempo noutras coisas) é algo que faço cada vez com mais frequência.
No caso de filmes, peço sempre um lugar na coxia... No caso concreto deste, o máximo que consegui fazer foi regressar à sala depois do intervalo.
Eu vi e gostei.
Sou cinéfilo mas não sou arrogante.
Ou seja, tenho visto os outros cinéfilos dizer "não é para todos" que é a forma da elite intelectual atirar abaixo os restantes.
Este filme pode ser detestado porque há partes que se assemelhariam a um documentário da BBC e isso, em cinema, é um erro (não é que concorde, mas é um argumento que aceitaria se bem defendido).
Mas a verdade é que tem história e tem significado de ligação entre o infinito e o infinitesimal.
Acho que nenhum filme é unânime e, por isso, acho que fizeram mal em não ficar até ao fim (pagaram) e acho que fizeram bem em não ficar até ao fim (ninguém se deve sacrificar).
Um abraço!
Para tudo há um tempo.
Em tempos, já eu era cineclubista (no CCUL), quando saí no intervalo do «2001», de Kubrik! Só apreciei verdadeiramente o filme muitos anos depois - e, mesmo assim, não foi fácil.
Já filmes como «O último ano em Marienbad», de Resnais, nunca consegui engolir, por mais que me esforçasse - e se me esforcei!.
Hoje em dia, e para mim, tudo tem a ver (como atrás digo) com a gestão do meu tempo - que é finito, escasso e - portanto - precioso.
Guardo-o, p. ex., para a re-leitura de «As Farpas», com que me estou a deliciar mais uma vez...
E não me digam que "há tempo para tudo". Para mim, aos 63 anos, não há.
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