29.5.11


Alguém viu e quer comentar?

5 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

O que é que os cinéfilos me vão chamar quando eu confessar que saí pouco depois do intervalo... e ainda não me arrependi?

29 de maio de 2011 às 20:00  
Blogger GMaciel said...

Vi o trailer no cinema e confesso que não me despertou interesse. Parece-me que seremos dois a ser apelidados de qualquer coisa que tenha a ver com falta de cultura cinéfila, não?

E eu muito preocupada com isso. :)

30 de maio de 2011 às 12:43  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

No que me toca, o problema tem a ver, especialmente, com o aproveitamento do tempo:

Quando se vai para velho, tem-se a noção exacta de que o tempo de vida que nos resta é finito (e cada vez mais escasso), pelo que é precioso.

Assim, sou cada vez mais exigente na aplicação do meu tempo.

Pôr de lado um livro, ou sair a meio de um filme que não me estão a agradar (e ocupar o tempo noutras coisas) é algo que faço cada vez com mais frequência.

No caso de filmes, peço sempre um lugar na coxia... No caso concreto deste, o máximo que consegui fazer foi regressar à sala depois do intervalo.

30 de maio de 2011 às 12:54  
Blogger Carlos Antunes said...

Eu vi e gostei.
Sou cinéfilo mas não sou arrogante.
Ou seja, tenho visto os outros cinéfilos dizer "não é para todos" que é a forma da elite intelectual atirar abaixo os restantes.
Este filme pode ser detestado porque há partes que se assemelhariam a um documentário da BBC e isso, em cinema, é um erro (não é que concorde, mas é um argumento que aceitaria se bem defendido).
Mas a verdade é que tem história e tem significado de ligação entre o infinito e o infinitesimal.
Acho que nenhum filme é unânime e, por isso, acho que fizeram mal em não ficar até ao fim (pagaram) e acho que fizeram bem em não ficar até ao fim (ninguém se deve sacrificar).

Um abraço!

31 de maio de 2011 às 15:15  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Para tudo há um tempo.

Em tempos, já eu era cineclubista (no CCUL), quando saí no intervalo do «2001», de Kubrik! Só apreciei verdadeiramente o filme muitos anos depois - e, mesmo assim, não foi fácil.

Já filmes como «O último ano em Marienbad», de Resnais, nunca consegui engolir, por mais que me esforçasse - e se me esforcei!.

Hoje em dia, e para mim, tudo tem a ver (como atrás digo) com a gestão do meu tempo - que é finito, escasso e - portanto - precioso.
Guardo-o, p. ex., para a re-leitura de «As Farpas», com que me estou a deliciar mais uma vez...

E não me digam que "há tempo para tudo". Para mim, aos 63 anos, não há.

31 de maio de 2011 às 21:51  

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