27.5.11

Prognóstico fácil porque inevitável

Por Ferreira Fernandes

O PRÓXIMO Governo já se conhece. Essa é que é essa. E é essa porque não pode ser outra. Outra seria ou a pior de todas, um só partido, minoritário, ou variantes da mesma família, um bocadito melhores mas mancas. Um partido sozinho com maioria absoluta (PS ou PSD). Um dos dois mais votados coligado com o terceiro (PS-CDS ou PSD-CDS). Esta última hipótese bifurcando em: ou quase com a maioria absoluta ou com uma estreita maioria absoluta.
Nestas hipóteses, que completam a tal solução que não vai acontecer, fica-se sempre ou à beira da maioria absoluta ou à justa. Coladinhos aos 50%, para cima ou para baixo, o que torna os outros, os que não estiverem no Governo, também coladinhos aos 50% (e com a força para emperrar que lhes vem disso). Então, será PS e PSD (e, talvez, puxando a eles o CDS).
Desculpem-me enunciar estas banalidades mas a dimensão da questão é mesmo essa, banal. É verdade que os partidos enunciam outras hipóteses: o tempo é de eleições e ninguém as ganha sem galvanizar as hostes contra inimigos a abater, mesmo que a 6 de Junho estes passem a aliados "porque as condições objectivas mudaram". Percebo-os, aos partidos. Já percebo menos os comentadores, que deveriam ser livres e inteligentes, e embarcam na farsa.
O próximo Governo já existe. O programa, também: pagar a dívida (e, se tivermos sorte, talvez também saibam dar-nos esperança). No dia 5 vamos eleger o primeiro-ministro, só isso.
«DN» de 27 Mai 11

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2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não, na linha deste raciocínio enviesado, no dia 5 não vamos escolher primeiro-ministro nenhum! Vamos, quando muito, escolher o gestor de conta.
CCD

27 de maio de 2011 às 15:23  
Blogger GMaciel said...

Capela, tirou-me as palavras do teclado.
:)

27 de maio de 2011 às 19:49  

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