Foguetório
Por João Paulo Guerra
COMEÇOU a campanha eleitoral e a única certeza é que ninguém sairá destas eleições para governar sozinho. A ‘troika' e Belém não permitem, porque um partido sozinho no governo, com a política que a ‘troika' lá sabe, desgastava-se em menos de um fósforo. Tão depressa quanto se valorizava um partido da situação sozinho na oposição.
O que é interessante é que os três partidos situacionistas, condenados a entenderem-se depois do acto, nos preliminares não se fartam nem se cansam de se vilipendiar uns aos outros. O que se anuncia é pois um governo tipo saco de gatos, do qual o último a sair sai de gatas, o primeiro sai por cima. Ou seja: quanto tempo vai durar uma coligação já experimentada e fracassada, de três ou dois partidos que se esgadanham pelo controlo do Estado?
Porque certo é também que todas as modalidades em que estes três partidos já se associaram para governar - e eles já fizeram todas as combinações possíveis com o lindo resultado que se vê - deram raia. PS+CDS, PPD/PSD+CDS+PPM (vulgo AD, com Sá Carneiro ou Balsemão), PS + PSD (vulgo Bloco Central), PPD/PSD + CDS/PP (Durão ou Santana com Portas) foram todas coligações a prazo. Apesar de maioritárias, nenhuma se aguentou no poder até esgotar o prazo de validade. Em geral foi o CDS o primeiro a puxar o tapete ou a ameaçar fazê-lo, excepto no caso do Bloco Central, no qual foi Cavaco a tirar a passadeira.
Agora começou a campanha e foi um foguetório. O PSD a atirar à cara do CDS o negócio dos submarinos, que o segundo promoveu quando estava no governo chefiado pelo primeiro. PSD e CDS a jurarem pelas alminhas que jamais se juntarão ao PS. E com o PS a exibir as zaragatas da direita.
A grande questão é que, desta vez, nem sequer vai haver tacho para rapar.
«DE» de 24 Mai 11COMEÇOU a campanha eleitoral e a única certeza é que ninguém sairá destas eleições para governar sozinho. A ‘troika' e Belém não permitem, porque um partido sozinho no governo, com a política que a ‘troika' lá sabe, desgastava-se em menos de um fósforo. Tão depressa quanto se valorizava um partido da situação sozinho na oposição.
O que é interessante é que os três partidos situacionistas, condenados a entenderem-se depois do acto, nos preliminares não se fartam nem se cansam de se vilipendiar uns aos outros. O que se anuncia é pois um governo tipo saco de gatos, do qual o último a sair sai de gatas, o primeiro sai por cima. Ou seja: quanto tempo vai durar uma coligação já experimentada e fracassada, de três ou dois partidos que se esgadanham pelo controlo do Estado?
Porque certo é também que todas as modalidades em que estes três partidos já se associaram para governar - e eles já fizeram todas as combinações possíveis com o lindo resultado que se vê - deram raia. PS+CDS, PPD/PSD+CDS+PPM (vulgo AD, com Sá Carneiro ou Balsemão), PS + PSD (vulgo Bloco Central), PPD/PSD + CDS/PP (Durão ou Santana com Portas) foram todas coligações a prazo. Apesar de maioritárias, nenhuma se aguentou no poder até esgotar o prazo de validade. Em geral foi o CDS o primeiro a puxar o tapete ou a ameaçar fazê-lo, excepto no caso do Bloco Central, no qual foi Cavaco a tirar a passadeira.
Agora começou a campanha e foi um foguetório. O PSD a atirar à cara do CDS o negócio dos submarinos, que o segundo promoveu quando estava no governo chefiado pelo primeiro. PSD e CDS a jurarem pelas alminhas que jamais se juntarão ao PS. E com o PS a exibir as zaragatas da direita.
A grande questão é que, desta vez, nem sequer vai haver tacho para rapar.
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