Há um que já percebeu
Por Ferreira Fernandes
PAULO Portas é mestre do marketing político. Esta frase dele, ontem, confirma-o: "Olhei-os olhos nos olhos [aos da troika]e disse-lhes: tenho respeito pelo vosso trabalho, provavelmente vamos trabalhar juntos, mas quero dizer-vos que o meu partido tudo fará para que esta seja a última vez que vos pedimos ajuda." Resumindo, parece que Portas encheu o peito e mandou a mensagem para a bancada dos fanáticos do Galo de Barcelos Futebol Clube: cá em casa mandamos nós! Parece e, de facto, é marketing político. Mas há mais alguma coisa. A propaganda, neste caso, vem junto à ideia política que tem norteado o CDS nesta crise: em vez de afastar, há que unir, em vez do deita abaixo, há que olhar em frente.
A vinda de credores estrangeiros a Portugal, impondo-nos condições sobre como nos governarmos, se é que lhes queremos o dinheiro, é uma derrota para Portugal. A oposição pode dizer que a culpa é do Governo, o Governo pode justificar-se com rasteiras da oposição, mas a verdade é que os cortes a direito propostos por uma reduzida equipa técnica que cá está há um mês foram aceites como bons pelos três partidos que tradicionalmente nos governam e nunca souberam (na verdade, não quiseram) pô-los em prática. É um atestado público de incompetência em nos governarmos.
Nestas semanas, Portas foi o primeiro a encontrar a linguagem justa, a de sobressalto nacional, que pode redimir os partidos perante os portugueses.
«DN» de 6 Mai 11PAULO Portas é mestre do marketing político. Esta frase dele, ontem, confirma-o: "Olhei-os olhos nos olhos [aos da troika]e disse-lhes: tenho respeito pelo vosso trabalho, provavelmente vamos trabalhar juntos, mas quero dizer-vos que o meu partido tudo fará para que esta seja a última vez que vos pedimos ajuda." Resumindo, parece que Portas encheu o peito e mandou a mensagem para a bancada dos fanáticos do Galo de Barcelos Futebol Clube: cá em casa mandamos nós! Parece e, de facto, é marketing político. Mas há mais alguma coisa. A propaganda, neste caso, vem junto à ideia política que tem norteado o CDS nesta crise: em vez de afastar, há que unir, em vez do deita abaixo, há que olhar em frente.
A vinda de credores estrangeiros a Portugal, impondo-nos condições sobre como nos governarmos, se é que lhes queremos o dinheiro, é uma derrota para Portugal. A oposição pode dizer que a culpa é do Governo, o Governo pode justificar-se com rasteiras da oposição, mas a verdade é que os cortes a direito propostos por uma reduzida equipa técnica que cá está há um mês foram aceites como bons pelos três partidos que tradicionalmente nos governam e nunca souberam (na verdade, não quiseram) pô-los em prática. É um atestado público de incompetência em nos governarmos.
Nestas semanas, Portas foi o primeiro a encontrar a linguagem justa, a de sobressalto nacional, que pode redimir os partidos perante os portugueses.
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