12.6.11

Pergunta de algibeira

«As Farpas» - Volume 9, pág. 240
Final de «O Crime do Padre Amaro»
EM JANEIRO de 1877, Ramalho Ortigão comentava longamente «O Crime do Padre Amaro», recém-publicado.
Pergunta-se: como é que isso foi possível, se o próprio Eça diz, no fim da obra, diz que ela foi escrita muito mais tarde?
A resposta já está dada em 'comentário'.

2 Comments:

Blogger Maria Filomena Mónica said...

Existem três versões de «O Crime do Padre Amaro»: a de 1875, a de 1876 e a de 1880.
A primeira, publicada em «Revista Ocidental», deixou Eça em estado apoplético, por não lhe ter sido dada a oportunidade de rever provas. Só a terceira era por ele vista como legítima, porque mais apurada estilisticamente.
Mas vale a pena ler a primeira, pela crueza, ritmo e capacidade de síntese. O leitor pode encontrar as três na edição crítica, organizada por Helena Cidade Moura, Lello, em 1964 (2 volumes), sob o titulo original de Eça

12 de junho de 2011 às 16:04  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Nas 2 versões iniciais, o Padre Amaro matava o filho (é esse "o crime").
Na 3ª versão (a que hoje se compra nas livrarias) a criança é entregue a uma ama (com a significativa alcunha de "tecedeira de anjos"...), e é ela que comete o infanticídio.

Há, ainda, diferenças de tamanho entre as 3 versões:

520 mil letras na versão da «Revista Occidental», 670 mil na 2ª versão (1ª em volume) e 980 mil na 3ª versão.

12 de junho de 2011 às 16:10  

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