8.6.11

O que nos espera

Por Baptista-Bastos

ENQUANTO o vitalismo elementar de Paulo Portas começa a dar os primeiros sinais, Pedro Passos Coelho relê e revê o que ocorreu na sua vida nos últimos dias. Não sem apreensão. O parceiro com o qual quer coligar-se, um pouco a contragosto, é não só imponderável como imprevisível. E, no Governo, não é criatura de obediências e de jogos de equipa. Portas é um goleador solitário, e sabe muito bem que a ele, e só a ele, se deve o impulso ganhador que transformou o CDS, um partido que cabia num táxi, numa possibilidade política.

Para refrear os ânimos e acalmar as ambições de poder do fogoso dirigente "centrista", Passos já foi dizendo que quem manda ali é ele. Consta que reafirmou a parada e a intenção na reunião com o dr. Cavaco. O voluntarismo de Portas encontra no presidente do PSD o que poderemos considerar como o Muro de Massamá. A metáfora não é excessiva. Obstinado, calmo como um pugilista, os embates que teve, outrora, com o então primeiro-ministro laranja ou com Ferreira Leite, Santana, Alberto João Jardim, Rangel, Marcelo ou dr. Sarmento são capítulos de vitórias acumuladas. (...)
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