'Gaffe' tão boa que se perdoa
Por Ferreira Fernandes
MICHELE Bachmann, estrela que sobe no Partido Republicano (forte candidata a adversária de Obama, nas próximas presidenciais), tem aquele gosto, universal nos políticos, de puxar lustro à sua biografia. Mas a ânsia, às vezes, mata.
Há dias, Bachmann lembrou que era da cidadezinha de Waterloo, "como John Wayne." Dava jeito ser da mesma cidadezinha do actor que representou (em contramão de Hollywood) os valores da Direita americana. Mas não, o xerife de Rio Bravo não nasceu em Waterloo, no Iowa. Quem viveu lá foi um tal John Wayne Gacy. Famoso mas não apresentável: executado em 1994, pelo assassínio de 33 rapazes.
A candidata deveria conhecer melhor os seus conterrâneos. Até porque, apesar de pequenina, Waterloo oferecia alternativas. Olhem, Lou Henry Hoover nasceu lá e chegou à Casa Branca para onde Bachmann quer ir. Mulher do presidente Hoover (1929-1933), Lou até fez história com chá, como a sua conterrânea quer agora fazer com o Tea Party (Partido do Chá, a ala mais conservadora dos republicanos). Em 1930, Lou convidou todas as mulheres dos congressistas a tomar chá. E não se esqueceu de Jessie De Priest, mulher do primeiro congressista negro. Embora a recebesse em separado, foi gesto corajoso para a época.
Mas, claro, uma republicana assanhada como Bachmann não se deixou impressionar pela gentileza de Lou, preferiu encandear-se com a hipótese de marchar com John Wayne entre os Boinas Verdes.
MICHELE Bachmann, estrela que sobe no Partido Republicano (forte candidata a adversária de Obama, nas próximas presidenciais), tem aquele gosto, universal nos políticos, de puxar lustro à sua biografia. Mas a ânsia, às vezes, mata.
Há dias, Bachmann lembrou que era da cidadezinha de Waterloo, "como John Wayne." Dava jeito ser da mesma cidadezinha do actor que representou (em contramão de Hollywood) os valores da Direita americana. Mas não, o xerife de Rio Bravo não nasceu em Waterloo, no Iowa. Quem viveu lá foi um tal John Wayne Gacy. Famoso mas não apresentável: executado em 1994, pelo assassínio de 33 rapazes.
A candidata deveria conhecer melhor os seus conterrâneos. Até porque, apesar de pequenina, Waterloo oferecia alternativas. Olhem, Lou Henry Hoover nasceu lá e chegou à Casa Branca para onde Bachmann quer ir. Mulher do presidente Hoover (1929-1933), Lou até fez história com chá, como a sua conterrânea quer agora fazer com o Tea Party (Partido do Chá, a ala mais conservadora dos republicanos). Em 1930, Lou convidou todas as mulheres dos congressistas a tomar chá. E não se esqueceu de Jessie De Priest, mulher do primeiro congressista negro. Embora a recebesse em separado, foi gesto corajoso para a época.
Mas, claro, uma republicana assanhada como Bachmann não se deixou impressionar pela gentileza de Lou, preferiu encandear-se com a hipótese de marchar com John Wayne entre os Boinas Verdes.
«DN» de 4 Jul 11
Etiquetas: autor convidado, F.F
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