Demografia e sobrevivência
Por C. Barroco Esperança
SEGUNDO as previsões, o planeta terá 7 mil milhões de habitantes dentro de dois meses e a população não deixará de aumentar nas próximas décadas. A Terra, cada vez mais degradada pela poluição e pelo esgotamento de recursos, encaminha-se para disputas violentas pela posse da água e de alimentos, bens já escassos para a população actual.
O centro de gravidade político e económico está a deslocar-se para os países asiáticos com o declínio do império americano e a progressiva irrelevância da Europa, dilacerada por nacionalismos que se exacerbam em períodos de crise.
As religiões, com a sua vocação totalitária, ávidas de converterem a humanidade ao seu deus, fomentam a propagação da espécie humana e encaram o planeamento familiar e a contracepção como abominações, agravando a tragédia planetária e antecipando conflitos bélicos provocados pela fome e pelas rivalidades religiosas.
A ausência de uma autoridade mundial com força e moral para impor maior igualdade na distribuição dos recursos mundiais e a melhoria acelerada dos cuidados de saúde e de educação, deixa largo campo de manobra às religiões para se apropriarem das consciências a troco da caridade com que são hábeis a substituir a justiça social. É por isso que consideram pecado qualquer tentativa de redução das taxas de fecundidade além de saberem que a fome e a ignorância são o húmus onde medra a fé.
A energia a preços acessíveis está condenada e os cereais, essenciais para a alimentação, correm o risco de acompanharem a escalada dos preços do petróleo para se converterem em combustíveis.
O futuro do planeta não é risonho e o proselitismo religioso torna-se um acelerador das tragédias que se avizinham com os Estados a abdicarem da laicidade e a consentirem que as multinacionais da fé fomentem a rivalidade e o ódio.
A demografia e a fé são armas de destruição maciça e detonadores dos conflitos que se aproximam.
SEGUNDO as previsões, o planeta terá 7 mil milhões de habitantes dentro de dois meses e a população não deixará de aumentar nas próximas décadas. A Terra, cada vez mais degradada pela poluição e pelo esgotamento de recursos, encaminha-se para disputas violentas pela posse da água e de alimentos, bens já escassos para a população actual.
O centro de gravidade político e económico está a deslocar-se para os países asiáticos com o declínio do império americano e a progressiva irrelevância da Europa, dilacerada por nacionalismos que se exacerbam em períodos de crise.
As religiões, com a sua vocação totalitária, ávidas de converterem a humanidade ao seu deus, fomentam a propagação da espécie humana e encaram o planeamento familiar e a contracepção como abominações, agravando a tragédia planetária e antecipando conflitos bélicos provocados pela fome e pelas rivalidades religiosas.
A ausência de uma autoridade mundial com força e moral para impor maior igualdade na distribuição dos recursos mundiais e a melhoria acelerada dos cuidados de saúde e de educação, deixa largo campo de manobra às religiões para se apropriarem das consciências a troco da caridade com que são hábeis a substituir a justiça social. É por isso que consideram pecado qualquer tentativa de redução das taxas de fecundidade além de saberem que a fome e a ignorância são o húmus onde medra a fé.
A energia a preços acessíveis está condenada e os cereais, essenciais para a alimentação, correm o risco de acompanharem a escalada dos preços do petróleo para se converterem em combustíveis.
O futuro do planeta não é risonho e o proselitismo religioso torna-se um acelerador das tragédias que se avizinham com os Estados a abdicarem da laicidade e a consentirem que as multinacionais da fé fomentem a rivalidade e o ódio.
A demografia e a fé são armas de destruição maciça e detonadores dos conflitos que se aproximam.
Etiquetas: CBE
6 Comments:
Tanto péssimismo...
Pior que tudo isso é o estatismo socialista totalitário que se alcandorou ao Poder por meio de uma mistificação a que chamam democracia.
Também esses fomentam a demografia, a transumância étnica, a rivalidade, o ódio, a penúria e a miséria.
E também se apoiam nas religiões, por conveniência.
As organizações religiosas são, de facto, um opiácio poderoso, mas é um erro apontar o dedo ao que não causam, apenas aproveitam.
Explicando melhor; a alta finança é quem controla a política, que aparenta controlar a lei, que apresenta-se como se fosse justa. E chegámos a este descalabro porque não existe uma política mundial, como diz e bem.
Já agora e porque é um erro que me faz comichão por tão corriqueiro:
maciça/o: qualidade do que é compacto, que não é oco, denso
massiva/o: em massa, em grande quantidade.
Este comentário foi removido pelo autor.
Caro GMaciel:
Estou de acordo quanto ao seu comentário, especialmente quando afirma «a alta finança é quem controla a política, que aparenta controlar a lei, que apresenta-se como se fosse justa. E chegámos a este descalabro porque não existe uma política mundial... »
Quanto ao uso do adjectivo macivo/a transcrevo de http://www.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=9107
Não parece que haja necessidade de usarmos o adjectivo massivo, talvez por cópia do inglês massive e/ou do francês massif, porque o nosso adjectivo maciço, além de o compreendermos melhor por ser da nossa língua, traduz perfeitamente os sentidos originais dos termos estrangeiros massive e massif.
De qualquer modo agradeço a vigilância para evitar que quem escreve se torne num prevaricador ortográfico.
Caro CE, depois de uma pesquisa curta, tem toda a razão. Falha e precipitação minha.
Ah, e gostei da ironia final, nem todos a sabem usar.
:)
PS; sou cara, o G é de Graça.
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