Antes de mais, na quantidade de lugares vagos - todos gratuitos, como é regra em Lagos.
Depois, no facto de o carro ser estrangeiro - de um condutor que nunca estacionaria assim na terra de onde veio.
Finalmente, no sublime ridículo das duas rampazinhas em cimento, ali colocadas já há anos, para poupar os pneus dos jipes quando sobem os 8 ou 10 cm que o passeio tem de altura.
A imagem de baixo atesta portanto que Portugal e os portugueses continuam a ser capazes de, em matéria de procedimentos, influenciar os cidadãos do mundo...
Ou será que alguns deles se comportam assim (entre nós) por motivo de nos ignorarem e desprezarem, na nossa própria terra?
As rampazinhas, ilegais, devem ter sido colocadas pelo proprietário da garagem que se vê ao fundo. O condutor, quando chegou, se é que não é o proprietário da garagem e não se quer dar à maçada de estacionar lá o veículo, pode ter encontrado todo o restante espaço ocupado. O condutor pode bem ser espanhol de Avintes, que foi a Lagos en vacaciones. O que me espanta, se é que nesta como noutras áreas ainda há lugar para espanto, é que a polícia de Lagos permita a coisa.
Há anos, perto deste mesmo local, eu quis sair de um prédio e quase tive de passar por cima de uma carrinha que, além de ocupar o passeio todo, ainda obstruía o acesso às escadas.
Por acaso, ia a passar um graduado da PSP. Abordei-o, e perguntei-lhe porque é que não fazia(m) nada.
As respostas foram impressionantes, e sucediam-se à medida que eu ia argumentando:
- Para multar aquele, tínhamos de multar todos.
- Não temos meios.
- O reboque está para fora.
- O parque para carros rebocados está completo.
Finalmente, e já irritado comigo, terminou a com esta:
Em relação ao link, a imagem com que eu fiquei de Lisboa é de andar nos passeios a contornar automóveis - e isto na zona da 5 de Outubro, ali, numa grande área em redor (há 15 anos). Lisboa tem "vantagem competitiva", pois a cidade é bonita, a calçada portuguesa com árvores é acolhedora para o transeunte (e não como aqueles largos passeios de Munique junto das fachadas lisas dos prédios, onde me senti incomodado...)... Agora, a "cultura urbana" implícita nestas coisas é que é difícil de erradicar e, na própria capital, dão mau exemplo ao país, desde sempre.
Sem dúvida que as fotos do link são tiradas em Portugal dado todas apresentarem calçada portuguesa. Mas os automóveis mal estacionados são todos estrangeiros... Maus costumes europeus ou "desvantagem competitiva" da nossa polícia?
Fui eu quem tirou as fotos todas (em Lisboa e Lagos - esta é da Rua do Compromisso Marítimo, em Lagos). São apenas algumas, de um arquivo que já transbordou (pois são às centenas).
Neste caso, escolhi apenas as de carros estrangeiros, pois o tema era «Faça em Portugal o que nunca faria na sua terra!»
7 Comments:
Repare-se em 3 aspectos:
Antes de mais, na quantidade de lugares vagos - todos gratuitos, como é regra em Lagos.
Depois, no facto de o carro ser estrangeiro - de um condutor que nunca estacionaria assim na terra de onde veio.
Finalmente, no sublime ridículo das duas rampazinhas em cimento, ali colocadas já há anos, para poupar os pneus dos jipes quando sobem os 8 ou 10 cm que o passeio tem de altura.
A imagem de baixo atesta portanto que Portugal e os portugueses continuam a ser capazes de, em matéria de procedimentos, influenciar os cidadãos do mundo...
Ou será que alguns deles se comportam assim (entre nós) por motivo de nos ignorarem e desprezarem, na nossa própria terra?
As rampazinhas, ilegais, devem ter sido colocadas pelo proprietário da garagem que se vê ao fundo.
O condutor, quando chegou, se é que não é o proprietário da garagem e não se quer dar à maçada de estacionar lá o veículo, pode ter encontrado todo o restante espaço ocupado.
O condutor pode bem ser espanhol de Avintes, que foi a Lagos en vacaciones.
O que me espanta, se é que nesta como noutras áreas ainda há lugar para espanto, é que a polícia de Lagos permita a coisa.
Há anos, perto deste mesmo local, eu quis sair de um prédio e quase tive de passar por cima de uma carrinha que, além de ocupar o passeio todo, ainda obstruía o acesso às escadas.
Por acaso, ia a passar um graduado da PSP. Abordei-o, e perguntei-lhe porque é que não fazia(m) nada.
As respostas foram impressionantes, e sucediam-se à medida que eu ia argumentando:
- Para multar aquele, tínhamos de multar todos.
- Não temos meios.
- O reboque está para fora.
- O parque para carros rebocados está completo.
Finalmente, e já irritado comigo, terminou a com esta:
- Vá queixar-se à esquadra!
Em relação ao link, a imagem com que eu fiquei de Lisboa é de andar nos passeios a contornar automóveis - e isto na zona da 5 de Outubro, ali, numa grande área em redor (há 15 anos). Lisboa tem "vantagem competitiva", pois a cidade é bonita, a calçada portuguesa com árvores é acolhedora para o transeunte (e não como aqueles largos passeios de Munique junto das fachadas lisas dos prédios, onde me senti incomodado...)... Agora, a "cultura urbana" implícita nestas coisas é que é difícil de erradicar e, na própria capital, dão mau exemplo ao país, desde sempre.
Sem dúvida que as fotos do link são tiradas em Portugal dado todas apresentarem calçada portuguesa. Mas os automóveis mal estacionados são todos estrangeiros... Maus costumes europeus ou "desvantagem competitiva" da nossa polícia?
Fui eu quem tirou as fotos todas (em Lisboa e Lagos - esta é da Rua do Compromisso Marítimo, em Lagos).
São apenas algumas, de um arquivo que já transbordou (pois são às centenas).
Neste caso, escolhi apenas as de carros estrangeiros, pois o tema era «Faça em Portugal o que nunca faria na sua terra!»
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