14.11.11

Feriados

Por João Paulo Guerra

HOJE, 14 de Novembro, excepcionalmente, não há qualquer feriado em Portugal.

Dia de São Martinho foi feriado nos concelhos de Alijó, Mêda, Penafiel, Pombal e Torres Vedras e o próximo feriado municipal é apenas sábado que vem, em Odivelas e Trofa. Os feriados municipais são 107, o que até não é muito tendo em conta que existem 308 municípios. Há ainda dois feriados regionais, um nos Açores e outro na Madeira. E 14 feriados nacionais. Aqui é que está o busílis. Mas, com a bênção da Concordata e da ‘Troika', a bambochata vai entrar nos eixos com a extinção de quatro feriados. Portugal vai decididamente deixar de ser o mesmo.

E como se trata disso mesmo - de o País deixar de ser o que é - os feriados civis na calha para passarem à reforma são o 5 de Outubro e o 1º de Dezembro. E compreende-se. Não há razão para comemorar a Implantação da República num país de barões. E até pode ser acintoso para a ‘Troika' a celebração da Restauração da Independência. Por outro lado, e como em outros domínios, pensa-se que isto pode ser apenas o começo e que, mais adiante, vá tudo raso em matéria de feriados.

Dia do Trabalhador e Dia de Portugal são todos os dias, sem que haja necessidade de um dia em particular. E quanto ao Dia da Liberdade convém não abusar. O feriado do Carnaval é desnecessário para o sucesso da mascarada. E o mais são feriados religiosos que, como recordou a própria Igreja, a Concordata não impõe.

E o facto de neste preciso momento, e a este respeito, alguém ter recordado que a única imposição da Concordata é a do descanso ao domingo alerta, desde já, para o próximo serviço de extinções do Estado português. Por que raio têm os portugueses semana-inglesa, quando os ingleses não têm nem sequer um Dia de Portugal?

«DE» de 14 Nov 11

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1 Comments:

Blogger Fernando Évora said...

Estou como alguém disse: que se tenha a coragem, neste momento de governo tão corajoso neste âmbito de cortar tantas mordomias a que tão pouco produz, de acabar com o feriado do natal. Dessa forma não se sentiria tanto a falta do dito subsídio.

15 de novembro de 2011 às 10:00  

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