A propósito do texto anterior
Em cima: quando, dantes, se escrevia Actores (e não Atores), o "C" tinha a função de "abrir o A", para que a palavra se lesse [á-tô-res] - e não [a-tó-res]...
Em baixo: ao anunciar que cobra 7 € "PUR HORA", este artista apenas está a cumprir a directiva de "escrever como se lê". Podia, também, ter tirado o H, dando origem a uma expressão que, embora dúbia, teria a vantagem de acautelar a inflacção (ou inflação - já nem sei!)...
4 Comments:
Ainda vou suportando, mal, a escrita nalguns jornais, mas no que respeita às legendas na TV fico passado. O meu receio é que de tanto ler na nova (?) ortografia, às tantas já sei o que escreverei. Será que passarei a escrever terno em vez de fato, ônibus em vez de autocarro ou trem em lugar de combóio?
Inflação nunca teve o "c" mudo...
(ver, p.e., http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=infla%C3%A7%C3%A3o).
E, nem de propósito: nunca ninguém precisou da tal muda consoante para abrir a vogal, pois não?
Tem razão. De facto, "inflação" sempre se escreveu com um único "C". Curiosamente, a palavra "acção" passou agora a escrever-se "ação" (à brasileira, como nos esclarece o Dicionário Priberam).
Ainda a propósito da palavra "inflação", antente-se nestes outros exemplos da mesma família fonética:
Infracção
Fracção
Tracção
Passaram todas a seguir a grafia brasileira:
Infração
Fração
Tração
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