9.2.12

Graça Moura – hum aucthor distincto e intellectual archaico

Por C. Barroco Esperança

TEOPHILO d’AssumpçãoThomaz era parocho e, em 1912, sem dar satisfacções sôbre a orthographia, prohibiu na sua parochia que a pronuncia do Portuguez modificasse a ethymologia na escripta, decisão de Carolina Michaëlis, Cândido de Figueiredo, Adolfo Coelho, Leite de Vasconcelos e outros.
O parocho defendia o systema de orthographia da monarchia como o chimico defendia os manipulados da pharmacia. As phrases da rhetorica, fructo do seu talento, e as do theatro de que era aucthor, tinham a syntaxe d’esta lingua portugueza em que cantava os psalmos. Elle era hum intellectual distincto, não na arithemetica e na gimnastica, com intrucção para analysar a incoherencia e a differença da orthographia dos scelerados. (...)
Texto integral [aqui]

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1 Comments:

Blogger José Batista said...

Deste "post" apenas li o que está (imediatamente) à vista.
Contudo, julgo que os argumentos expostos no artigo de Vasco Graça Moura são pertinentes e válidos.
Este "acordo" é um acordo de quem com quem? E com que legitimidade?
Sobre um tal assunto não se devem ouvir as pessoas? Ou só se devem ouvir algumas? E, se sim, quais?
A língua tem proprietários?
Afinal, o conceito de democracia tem que significado?

Com poucas excepções, os nossos políticos, desde finais do século XIX, têm tido grande eficácia a dar cabo do país, ou pelo menos da vida das pessoas. Em ditadura e em (aparente) democracia.
Mas também precisam de adulterar a língua?
O sofrimento que tínhamos que suportar não chegava já?

Há-de (agora é há de) desculpar, se puder, mas, da minha parte, diabos que os carreguem.

9 de fevereiro de 2012 às 09:44  

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