Revista 'Maria' ensina o Pentágono
Por Ferreira Fernandes
A FRASE já não sei qual é. Se da primazia da política: "A guerra é um assunto demasiado importante para estar nas mãos dos generais."Se justificação de generais putchistas: "A política é demasiado importante para ser entregue aos civis."
Hoje, quando as guerras são feitas com todos os cuidados políticos e votações na ONU, se calhar já não interessa. O que interessaria era profissionalismo. Ora, ao mesmo tempo que a ficção é feita com a minúcia e a técnica que ainda esta madrugada Hollywood nos mostrou, a realidade é tratada com a irresponsabilidade de quem atira um fósforo para mato seco. Ou o Corão para uma pira.
Dez anos depois de tanto curso em Harvard sobre o islamismo e tanta capa da Time com turbantes, na manhã do passado dia 20, na base de Bagram, dois oficiais americanos da Nato param o camião num terreiro aberto e, à vista do pessoal afegão, alimentam uma fogueira com livros religiosos islâmicos.
Até na revista Maria se aconselha, na secção de boas maneiras, a não mostrar a sola do sapato a um convidado muçulmano... E oficiais americanos queimam o Corão! No Afeganistão! E a desculpa é que não foi por mal... Quando ser por mal seria a única desculpa, bruta, mas desculpa: a tática dos militares tinha passado para guerra de terra queimada. Mas não, quem manda pretende mesmo que a guerra seja praticada por cuidada política militar. Então, a conclusão é terrível: a tropa é fandanga e os políticos, amanuenses.
«DN» de 27 Fev 12A FRASE já não sei qual é. Se da primazia da política: "A guerra é um assunto demasiado importante para estar nas mãos dos generais."Se justificação de generais putchistas: "A política é demasiado importante para ser entregue aos civis."
Hoje, quando as guerras são feitas com todos os cuidados políticos e votações na ONU, se calhar já não interessa. O que interessaria era profissionalismo. Ora, ao mesmo tempo que a ficção é feita com a minúcia e a técnica que ainda esta madrugada Hollywood nos mostrou, a realidade é tratada com a irresponsabilidade de quem atira um fósforo para mato seco. Ou o Corão para uma pira.
Dez anos depois de tanto curso em Harvard sobre o islamismo e tanta capa da Time com turbantes, na manhã do passado dia 20, na base de Bagram, dois oficiais americanos da Nato param o camião num terreiro aberto e, à vista do pessoal afegão, alimentam uma fogueira com livros religiosos islâmicos.
Até na revista Maria se aconselha, na secção de boas maneiras, a não mostrar a sola do sapato a um convidado muçulmano... E oficiais americanos queimam o Corão! No Afeganistão! E a desculpa é que não foi por mal... Quando ser por mal seria a única desculpa, bruta, mas desculpa: a tática dos militares tinha passado para guerra de terra queimada. Mas não, quem manda pretende mesmo que a guerra seja praticada por cuidada política militar. Então, a conclusão é terrível: a tropa é fandanga e os políticos, amanuenses.
Etiquetas: autor convidado, F.F
1 Comments:
O que eu deixo de aprender por não ler a Maria e outras revistas!
Por isso, fico "Incolta".
Maria
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