17.6.12

A Dona Aurora

Por A. M. Galopim de Carvalho 
CHAMO-ME Alexandre Herculano, exactamente como o grande escritor e historiador do século XIX e confesso que nunca li nada do que ele escreveu. Comecei cedo a ganhar o pão que comia e o trabalho encheu todo o meu tempo. Tenho 66 anos e sou mestre numa oficina de reparação de automóveis. Faço de tudo, mas a minha especialidade era bate-chapas, arte que está a desaparecer porque o mercado é mesmo assim. (...) 

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