12.10.12

A doideira à solta

Por Helena Matos
*O grupo parlamentar do PS trocou de viaturas. Admito que podia ter negociado melhor os contratos mas só isso. Essa algazarra sobre as viaturas em si mesmas – tipo eles deviam era andar a pé – é um jogo muito perigoso que regra geral acaba com a populaça a aplaudir uns queridos líderes que claro nem se sabe em que circulam quanto mais o valor das suas viaturas. 
*O dr. Mário Soares, nas intermitências da apologia do fabrico do dinheiro, dedica-se também ao fabrico do passado. Desta vez inventou um 5 de Outubro vibrante e cheio de povo que terá existido algures. Seria interessante que pedisse a alguém para lhe pesquisar as comemorações deste feriado quando Jorge Sampaio foi PR. Ou Eanes. 
*O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, afirmou hoje, em Coimbra, que a redução de 50% dos contratados a prazo no setor público, anunciada segunda-feira pelo Governo, constitui “o maior despedimento coletivo que se verificou em Portugal”. Para o líder da CGTP-IN, “o que está em marcha é um ataque contra os trabalhadores da administração pública mas, acima de tudo, contra os serviços públicos e os direitos das próprias populações que poderão ser gravemente afetadas por esta medida”. Tendo em conta que Arménio Carlos representou a CGTP em Cuba nas festividades do 1.º de Maio, deve ser a pessoa indicada não para contestar esta medida mas sim para explicar como se despede um milhão de funcionários públicos. Ou Arménio Carlos diz uma coisa em Havana e outra em Lisboa, ou o jet lag lhe causa transtornos de personalidade.

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