O Impacto da Crise no Bem-estar dos Portugueses - (SEDES)
Conclusões do estudo (*):
• 1/5 dos lares portugueses foram afectados pelo desemprego.
• 1/5 dos lares portugueses foram afectados pelo desemprego.
• Nos lares portugueses, os “cortes” começam pelas actividades de lazer (cerca
de 32%). Segue-se uma redução na despesa com os bens de consumo essenciais
(despesas com alimentação, água, electricidade e gás): são referidos cortes nas
despesas com esta rubrica em 30% dos lares.
• Os “cortes” realizados nestas várias rubricas são menos referidos pelos indivíduos que não foram afectados pelo desemprego e mais referidos tanto pelos já afectados pelo desemprego como pelos que assumem vir a sê-lo, traduzindo, neste último caso, uma redução do consumo por antecipação.
• A análise destes dados sugere então uma predisposição para um menor consumo em geral que, à luz do F.E.S. , podemos assumir que terá como alicerces a percepção do empobrecimento e o medo do futuro, e que se traduz em cortes em todas as rubricas consideradas por parte de toda a população, agravada quando se trata de indivíduos desempregados ou que antecipam a possibilidade de desemprego.
• Para além do impacto financeiro, a actual crise está a influenciar o bem-estar psicológico de muitos portugueses.
• Os “cortes” realizados nestas várias rubricas são menos referidos pelos indivíduos que não foram afectados pelo desemprego e mais referidos tanto pelos já afectados pelo desemprego como pelos que assumem vir a sê-lo, traduzindo, neste último caso, uma redução do consumo por antecipação.
• A análise destes dados sugere então uma predisposição para um menor consumo em geral que, à luz do F.E.S. , podemos assumir que terá como alicerces a percepção do empobrecimento e o medo do futuro, e que se traduz em cortes em todas as rubricas consideradas por parte de toda a população, agravada quando se trata de indivíduos desempregados ou que antecipam a possibilidade de desemprego.
• Para além do impacto financeiro, a actual crise está a influenciar o bem-estar psicológico de muitos portugueses.
• 38% dos portugueses assumem não dormir bem.
• A actual conjuntura económica é tida como estando na origem de uma quebra na
qualidade dos relacionamentos pessoais por parte de 18% dos portugueses.
•
52% dos portugueses afirmam “sentir-se revoltados com a situação actual, não se
sentir responsáveis por ela, achar que os culpados deveriam ser punidos, não se
conformar e estar a lutar para a mudar”.
• Em contrapartida, 45% dos
portugueses afirmam “estar resignados com a situação, achar que não há outra
solução, achar que temos que passar por isto e que não podem ou não adianta
fazer mais nada”.
• A maioria dos portugueses (60%) assume-se confiante de que esta fase irá ser
ultrapassada em breve, mas 39% não acreditam nos esforços que lhes estão a ser
exigidos, nem na eficácia das medidas de austeridade que lhes foram impostas.
• 30% dos portugueses assumem-se insatisfeitos com a sua vida.
• Parecem estar a ser mais agudamente afectados pela crise (nas várias medidas
aqui consideradas): as mulheres, os mais velhos (mais de 55 anos), os
indivíduos mais pobres (classes socioeconómicas D e E) e os residentes nas
regiões do Litoral Norte, Grande Porto e Algarve.
-
SEDES, 1 de Outubro de 2012 - [A recolha dos dados teve lugar entre os
dias 23 de Março e 13 de Abril de 2012.]
(*) - NOTA: o documento completo está disponível, em formato PDF, em http://tinyurl.com/bufs4nm
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home