Os “filhos-da-curta”
Por A. M. Galopim de Carvalho
QUEM
ANDA pela rua, nos supermercados, nos
transportes públicos, ouve a toda a hora dizer que estamos a voltar aos tempos
do antigamente.
- Mas há uma diferença substancial. – Dizia-me
um reformado, meu vizinho de longa data. – Agora vivemos em democracia, podemos
falar e escrever o que nos vai no pensamento, sem receio de “ir dentro”. Não há
tribunais plenários, nem presos políticos. Podemos fazer manifestações de rua e
as forças policiais não perturbam os manifestantes e só actuam contra meia
dúzia de provocadores a mando de quem a gente não sabe nem sonha. No “tempo da
outra senhora” havia bufos por todo o lado. Não podias abrir a boca. Comias e
calavas. (...)
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