As saudades da casa
Por Alice Vieira
E
DE REPENTE a casa voltou a ficar silenciosa.
De um momento para o outro, os objetos
regressaram todos ao seu lugar habitual, o piano fechou-se, deixou de haver
sapatos largados pelo meio da casa de banho e dos quartos, acabaram-se as
risadas à meia noite (“meninos! Já deviam estar a dormir há que horas!”), o
frigorífico readquiriu o seu ritmo pacato e parou de ser esvaziado de cinco em
cinco minutos, a despensa readquiriu o seu ar honesto e saudável, sem pacotes
de batatas fritas nem garrafas de coca-cola, os livros de histórias encontraram
de novo o seu lugar na estante, os “Simpsons” e a “Family Guy” desapareceram
dos serões televisivos (...)
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