4.2.13

Mais um ano perdido

Por Joaquim Letria 
DIFICILMENTE este nosso País sairá da crise se não conseguir alterar o ciclo inversor, recuperando-o, de modo a lograr a criação de trabalho intensivo. Há que reduzir a duração da austeridade, encurtando prazos que evitem mais graves tensões sociais, erradicando situações de grande injustiça e de desamparo social.
Dificilmente outras nações suportariam aquilo que se abateu anos a fio sobre Portugal: corrupção, incompetência, crise económica e ausência de séria liderança política. A perplexidade deveria ser ainda maior, se considerarmos o tempo e os parceiros a criar a débacle e as vagas e desonestas declarações semi-oficiais com que nos sussurram ao ouvido numa situação tão calamitosa que justificaria a formação dum Governo de Salvação Nacional que mostrasse com clareza que o Estado é um assunto demasiado sério para estar entregue a políticos de passagem.
2013 será mais um ano perdido quer no que toca a emprego, quer no que diz respeito a crescimento económico. E 2014 muito dificilmente poderá assinalar um dinamismo que crie postos de trabalho de modo bastante a devolver aos Portugueses a esperança perdida. +Assim, que pelo menos 2013 seja o ano do fim das convulsões financeiras, mais graças à acção do Banco Central Europeu do que devido às medidas propostas e adoptadas pelo nosso Governo. De qualquer modo, demorarão diversos trimestres até que essa estabilização se faça sentir na nossa economia real. Mais uns tantos trimestres para sobrevivermos à nossa custa.

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1 Comments:

Blogger José Batista said...

Pois.
Este nosso (?) governo é uma lástima. E uma nódoa: de "relvas" e tudo o mais...
Como o anterior.
E o anterior ao anterior.
E assim "sucessivamente", várias décadas para trás, até ao salazarismo, que foi o que foi, e ao "pré-salazarismo" e ao fim da mornarquia...
Não sei mesmo se regressivamente até à fundação da nacionalidade.
Agora, tendo nós tanta gente capaz e honesta, que incapacidade nos leva a não sermos capazes de os colocar nos postos chave do governo?

Obviamente, todos os governos têm (tido) elementos capazes. A bronca é que praticamente não se nota!

4 de fevereiro de 2013 às 19:27  

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