Bairro de S. Sebastião (Crónica)
Por C. Barroco Esperança
Primeiro fechou a farmácia. O organismo responsável declarou a área
incompatível com a função e a botica migrou para a Av. Elísio de Moura.
Perduraram as dores e abalaram os comprimidos. O Centro de Saúde foi
passado para Celas onde os velhos levam, no 7, os sacos de plástico, com
caixas vazias, para renovarem os medicamentos, pedirem análises,
marcarem consulta e regressarem no mesmo autocarro.
Das três mercearias, que expunham as hortaliças e a fruta, nos passeios, resta uma. A do Fernando Agapito foi definhando com a doença dele e não lhe sobreviveu. Acabaram os frescos e a propaganda partidária para os clientes, obrigados a ouvi-lo, se queriam os melhores legumes e a mais saborosa fruta, que o Fernando levantava-se cedo e escolhia a melhor, na praça municipal. (...)
Texto integral [aqui]Das três mercearias, que expunham as hortaliças e a fruta, nos passeios, resta uma. A do Fernando Agapito foi definhando com a doença dele e não lhe sobreviveu. Acabaram os frescos e a propaganda partidária para os clientes, obrigados a ouvi-lo, se queriam os melhores legumes e a mais saborosa fruta, que o Fernando levantava-se cedo e escolhia a melhor, na praça municipal. (...)
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