18.4.15

Prefácio
Estas Crónicas da Inforfobia devem ser saudadas como um acto de humor, de riso incontido perante as resistências tristemente humanas às mudanças, hoje ao uso dos computadores ou da Internet. O autor fala de dentro da vida das organizações e sabe do que fala. Não dos medos da tecnologia — que o humor justamente ignora — mas das pequeninas fraquezas que toda a tecnologia nova põe a nu: a perda dos poderes miudinhos — o de ser o único a saber, sem partilhar segredos de polichinelo; o de mandar sem controlo; o de privar os outros de informação, logo de liberdade. 
Contra a pequenez medrosa, triste e opressiva, o autor inventou-nos uma sociedade da informação risonha — isto é, nascida do riso e da ironia. 
Se o futuro lhe der razão (oxalá!) o seu livro será, dentro de alguns anos tão incompreensível como hoje é certeiro. É o que sinceramente lhe desejo.
José Mariano Gago
Ministro da Ciência e da Tecnologia
19 de Setembro de 1997
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Esta minha obra só viu a luz do dia graças ao apoio do Mariano Gago, que comprou 500 dos 3000 exs. da edição, além de a ter valorizado com o prefácio que aqui se lê.
O Prof. Galopim, felizmente, escreveu o essencial - aquilo que eu queria aqui escrever sem, no entanto, atinar com as palavras certas.
Um grande abraço, amigo Gago!

5 Comments:

Blogger Unknown said...

Carlosamigo

Peço-te o favor de leres o comentário muito pessoal que fiz no Duas ou três palavras do meu querido Amigo Francisco Seixas da Costa. Só posso acrescentar que desapareceu do número dos vivos mais um grande Amigo, um enorme cientista, Pai da Ciência nova de Portugal. Mas ele fica connosco: a obra de nos deixou só pode ter um desejo: continuar.

Abç

18 de abril de 2015 às 22:02  
Blogger Carlos Esperança said...

É uma honra ter obtido o reconhecimento de um cientista e político da ciência com a dimensão de Mariano Gago.

Parabéns, Carlos Medina Ribeiro. Que saudades tenho da «carta branca» que semanalmente o Expresso publicava.

19 de abril de 2015 às 16:41  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Obrigado, amigo Carlos! Um grande abraço!

19 de abril de 2015 às 16:44  
Blogger José Batista said...

Este comentário foi removido pelo autor.

19 de abril de 2015 às 20:03  
Blogger José Batista said...

Que oportuna, caro Medina Ribeiro, a publicação deste texto!
Tenho comigo o livrinho de crónicas, assinado pelo autor. Como o Professor Mariano Gago previu, entre os jovens de hoje, o livro retrata as pessoas presas ao/no passado, porque se mantém actual para uma faixa de pessoas mais velhas, algumas delas (completamente) afastadas da informação via "net" (abdicaram de correr, e não chegaram ao automóvel, nem à motorizada, nem, sequer, à bicicleta...). Agora, o texto mantém-se saboroso, muito agradável de ler para se perceber o "estado da comunicação" do "ontem próximo".

19 de abril de 2015 às 20:05  

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