Debruado a rugas
AVISO AOS INTERESSADOS E ATÉ AOS DESINTERESSADOS: Este post tem
apenas uma pincelada política; não parece bem ao modesto autor dele que seja
muito saudável bater e rebater questões que vão dos Panama Paper’s (onde o Senhor Ângelo Correia nunca
participou, segundo declaração do Senhor Ângelo Correia) até aos erros
ou os sucessos deste Governo, passando pelo fel destilado pelo Senhor Passos
Coelho em cada discurso ou comentário que faz…
Por Antunes Ferreira
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Comparar o velho debruado a rugas com Noé era exemplo de
asneira; o homem da arca vivera até aos 950 anos tornado exímio desengarafador
de tinto, branco, rosé ou verde. Se o fizermos com Matusalém, o resultado ainda
é pior. De acordo com a Bíblia – Antigo Testamento, citado no Génesis 5:21-27 e
transcrevendo a Wikipédia, o nosso personagem terá sido avô de Noé e falecido
no ano em que começou o Diluvio Universal a coisa é muito diferente pois este
personagem bíblico chegou à bonita idade de 969 anos.
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Matusalém, Metusalém ou Metusalah (do hebraico מְתוּשָׁלַח) foi o homem mais longevo que marcou lugar nas páginas sagradas seguidas especialmente pelos judeus. Pois o velho que quando jovem vendia cautelas, anda hoje à roda, o primeiro prémio é de cinco mil contos, num local próprio, na esquina dos Restauradores com a rua Jardim do Regedor onde ficava a antiga sede dos vermelhuscos encarnados, hoje conta as horas, os dias e quiçá os anos, e vê passar os navios em especial os de cruzeiros sentado à sombra do Adamastor no Largo de Santa Catarina. Onde em tempos idos eu ia a quase todas as noites namorar com a Raquel, pois a essa hora ninguém se via por perto…
Matusalém, Metusalém ou Metusalah (do hebraico מְתוּשָׁלַח) foi o homem mais longevo que marcou lugar nas páginas sagradas seguidas especialmente pelos judeus. Pois o velho que quando jovem vendia cautelas, anda hoje à roda, o primeiro prémio é de cinco mil contos, num local próprio, na esquina dos Restauradores com a rua Jardim do Regedor onde ficava a antiga sede dos vermelhuscos encarnados, hoje conta as horas, os dias e quiçá os anos, e vê passar os navios em especial os de cruzeiros sentado à sombra do Adamastor no Largo de Santa Catarina. Onde em tempos idos eu ia a quase todas as noites namorar com a Raquel, pois a essa hora ninguém se via por perto…
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Depois deste
apontamento meramente pessoal e só agora revelado, volte-se ao velho. Não é
preciso perguntar-lhe quantos anos tem – ele sabe-os bem – pois, tal como as
damas subtrai-lhes uma quantidade deles. E a cara sulcada por muitos arados,
daí as rugas, informa, muda, que o velho tem muitos anos. E os que passam
paulatinamente, reformados a quem o Passos e o Portas tiraram uma fatia das
pensões, miram o velho mas não se detêm a fim de apanhar lugar nos bancos de
madeira e ferro que são poucos. Nos outros – nem pensar.
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Um dia vou
perguntar-lhe se sabe quem foi o Matusalém e tenho a certeza de que me vai
responder que não o conhece mas se calhar é gajo para ter jogado no Oriental.
Não se recorda mas tem a certeza que não foi futebolista quando os Grandes
incluíam o Belenenses.
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