6.12.17

DÉFICE NA EDUCAÇÃO

Por A. M. Galopim de Carvalho
No passado dia 3, o Primeiro Ministro, na cerimónia de entrega do Prémio Manuel António da Mota, no Palácio da Bolsa, no Porto, disse, preto no branco:
“De uma vez por todas, o país tem de compreender que o maior défice que temos não é o das finanças. O maior défice que temos é o défice que acumulámos de ignorância, de desconhecimento, de ausência de educação, de ausência de formação e de ausência de preparação”.
Dito, creio que, de improviso, o que está no pensamento de António Costa, veio ao encontro do que ando a dizer há muitos anos.
Num país, como Portugal, onde a investigação científica e o ensino superior, em todas as áreas do conhecimento, está ao nível do que caracteriza os países mais avançados, é confrangedor assistir à generalizada iliteracia dos portugueses, incluindo muitos dos nossos quadros superiores, intelectuais de serviço e políticos de profissão que, embora conhecedores dos domínios em que se movimentam, são falhos de outras culturas, em particular da científica, que a escola deveria dar mas não deu, como está implícito nas palavras do Primeiro Ministro. (...)
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Texto integral [AQUI]

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4 Comments:

Blogger opjj said...

Há bem pouco tempo comentava-se que o número de investigadores em Portugal tinha um rácio superior aos outros países.E compreender estes achaques!
Boas cabeças temos, falta-nos money.
O nosso 1º não inventou nada.Inventou a canalhice que fez a centenas de professores.Uns sem vergonha.E aprontavam-se para o mesmo com os medicamentos para 330Kms do pessoal.
O pior é que o PC e BE outrora tão actuantes mostram a sua falta de carácter.
Cumps

6 de dezembro de 2017 às 12:10  
Blogger SLGS said...

Sr. Professor, tudo o que diz está certo e merece ser tido em conta pelos responsáveis políticos no seu todo, não só com o PS, o PCP, o PEV (quem são estes?)e o BE tanto do seu agrado. nunca haverá uma reforma séria se ela não for totalmente consensual. As palavras do Sr. Primeiro Ministro não passam de blá...blá...blá. São uma repetição conveniente daquilo que todos nós sabemos e que, para além de nos entrar pelos olhos, nos dói seriamente no bolso no início dos anos lectivos. A intenção de mudar é pouca ou nenhuma, a disponibilidade para consensos alargados não existe, ele próprio a tem sonegado repetidamente, na sua ambição de ser poder.
Fundamentalmente precisamos de gente séria, não sectária, que pense no povo e nas pessoas, mas isso no nosso quadro partidário até agora não apareceu, apesar de encherem a boca com chavões de respeito pelas pessoas. Estas só lhes interessam na medida em que neles votam. Os do partido do lado, são zeros que pura e simplesmente se menosprezam. É assim a nossa triste realidade e nós, os grandes culpados, deixamo-nos imbuir por todas as petas que nos pregam e não temos conseguido dar o necessário murro na mesa, que faça saltar e misturar os papéis, tornando-se necessário reorganizar. É o que nos falta!
O articulado do Sr. Professor tem toda a razão de ser e o Sr. pelo seu inegável prestígio técnico e profissional podia ser um importante catalisador de vontades, mas peca por uma coisa. Falta-lhe a isenção e assim não vamos lá.

6 de dezembro de 2017 às 17:00  
Blogger José Batista said...

Este comentário foi removido pelo autor.

7 de dezembro de 2017 às 22:55  
Blogger José Batista said...

Este artigo do Professor Galopim é fabuloso, porque tem lá tudo, como tudo devia ser.
Aplicá-lo é que é difícil. Mas isso não é culpa do autor, que tem as suas ideias políticas, como é seu direito, e que não conflituam, nem por sombras, com o que propõe.
Por mim, que sou professor do ensino secundário, agradeço.

7 de dezembro de 2017 às 22:57  

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