CAROCHINHA E JOÃO RATÃO
Por Joaquim Letria
O primeiro-ministro, autarcas, ministros e ex-ministros andam por aí desenfreados, inaugurando e reinaugurando coisas e loisas. Claro que tudo isto é para ver se a gente vai na cantiga de “Quem quer casar com a carochinha que é rica e formosinha?”. Mas a gente já não vai em cantigas, duns e doutros, porque já os conhecemos de ginjeira.
A verdade é que cada vez mais só nos preocupamos com aquilo que fazemos, nos rodeia e com as pessoas que nos querem bem, o que feitas as contas também não é gente por aí além. Bem pode a carochinha arranjar-se e cantar à janela que já não embarcamos em cantorias. Nem ficamos a guardar a panela que tem ao lume enquanto vai às compras, porque conhecemos a história e recusamo-nos a cair no caldeirão.
Estes nossos políticos vão fintar-nos uma vez mais, a gente já sabe e paga sempre com língua de palmo. Mas ao nos enganarem mais uma vez, a gente já está acostumada e não estranha. E podemos ficar contentes por não embarcarmos na história do João Ratão.
Publicado no Pasquim da Vila
Etiquetas: JL
5 Comments:
Penso,que de uma maneira geral o povo embarca na história da Carochinha.É mais fácil,não exige muito esforço E,quem a contar melhor,sai vitorioso
Ilha da lua tem toda a razão.
De vez em quando, leio uns trechos de "As Farpas".
Está lá tudo! — a classe política não aprendeu nada... e o povo também nem por isso.
Deixem passar as eleições e verão as garras do Sentino e Tó Costa.O Passolas que baixou o déficit de 11 para 3 é mau
O Sentino de 3 para o,5 é bom. É matemática.
Claro que já não vamos em cantigas! É um privilégio da idade...
Enviar um comentário
<< Home